A Hypera (HYPE3) passa por um plano de reestruturação interna e analistas já previam um trimestre mais fraco com muitas mudanças internas. O Citi Research apontou que os lucros e perdas foram impactados e arrastou o crescimento da linha de prejuízo a patamares superiores aos de rentabilidade.
Outra preocupação que insiste nos trimestres é a diminuição de vendas nas farmácias. A venda ao consumidor final continua pressionado com a companhia registrando um crescimento de apenas 6% nas vendas de varejo, 5,3 p.p abaixo do crescimento médio do mercado.
As vendas continuam a desacelerar, destacou o time do Goldman Sachs: “a contínua pressão no sell-out é preocupante, pois pode impactar a capacidade da Hypera de sustentar a recuperação e a expansão de suas margens nos próximos trimestres”.
Para os analistas, o foco agora está na recuperação das vendas e na melhoria das margens a partir do segundo trimestre de 2025. A atenção permanece voltada para a necessidade de ajustes constantes para mitigar os impactos da concorrência no setor de medicamentos genéricos e de prescrição.
Ajustar capital de giro da companhia foi a principal causa da perda em seus resultados segundo as instituições. “O impacto do ajuste resultou em quedas significativas nas receitas e lucros, com diluição de custos fixos”, afirmou o banco Citi.
A margem bruta também assistiu uma redução dramática de 61,1% no ano passado para 47,2% no período referente ao intervalo de janeiro a março deste ano. O dado reflete a dificuldade da companhia em diluir os custos fixos com a redução da receita.
Balanço da Hypera
A farmacêutica Hypera (HYPE3), apresentou desempenho abaixo das expectativas e reverteu lucro líquido de R$392 milhões do 1T24 para um prejuízo de R$139 milhões no 1T25. O déficit, apesar de desanimador, era esperado por analistas de grandes bancos.
A receita da empresa criadora do Engov viu suas margens caírem 40,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O primeiro trimestre de 2025 encerrou com montante de R$1,08 bilhão, mais uma vez, alinhado com as estimativas dos analistas.