Supera projeções

Hypera (HYPE3) tem prejuízo de R$ 138,8 mi no 1T25

O Ebitda das operações continuadas da Hypera ficou negativo em R$ 148,5 milhões, pior do que o esperado por analistas

Hypera
Hypera (HYPE3) / Divulgação

A Hypera (HYPE3) anunciou nesta quarta-feira (23) que registrou um prejuízo de R$ 138,8 milhões nas operações líquidas continuadas do primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 391,5 milhões apurado no mesmo período de 2024.

Analistas de mercado consultados pela CNN esperavam um prejuízo ainda maior, de R$ 167,3 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas ficou negativo em R$ 148,5 milhões, pior do que o esperado por analistas, que projetavam um resultado negativo de R$ 36,6 milhões.

Conflito entre EMS e Hypera (HYPE3) se intensifica com exigências do Cade

Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) solicitou informações adicionais à EMS para avaliar o pedido da empresa de indicar membros ao conselho de administração da Hypera.

 A EMS, uma das principais concorrentes da Hypera no setor farmacêutico, adquiriu recentemente uma participação de 6,02% na empresa, o que motivou o interesse em influenciar a governança corporativa da rival.

A Hypera expressou preocupações ao Cade, argumentando que a EMS poderia utilizar sua posição acionária para obter informações sensíveis e influenciar indevidamente a administração da empresa.

 A empresa destacou que a EMS já havia tentado uma fusão anteriormente, proposta que foi rejeitada pelo conselho de administração da empresa de saúde.

Disputa no Cade

Com o pedido de informações adicionais, a EMS tem um prazo de 15 dias para responder, seguido por mais 15 dias para que o Cade análise e delibere sobre o caso. Esse cronograma indica que a decisão final provavelmente não será tomada antes da Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Hypera, agendada para 25 de abril, onde será eleito o novo conselho de administração. Consequentemente, a EMS poderá não conseguir exercer seus direitos políticos na próxima AGO.

O Cade alertou que o uso de direitos políticos pela farmacêutica sem a devida aprovação pode ser considerado “gun-jumping”, uma prática ilegal que envolve a realização de atos de concentração econômica sem a prévia anuência do órgão antitruste.