A unidade indiana da montadora Hyundai, originalmente sul-coreana, deve levantar mais de US$ 3 bilhões no que será o maior IPO (oferta pública inicial) da história da Índia. Até então, o recorde de IPO no país é da Life Insurance Corp. of India, que levantou aproximadamente US$ 2,5 bilhões em 2022.
A venda de ações da Hyundai Motor India teve 2,37 vezes mais demanda do que ações disponíveis durante o período de três dias de oferta, encerrado na noite de quinta-feira (17), segundo dados da NSE – Bolsa Nacional de Valores da Índia.
Ainda de acordo com a NSE, os investidores institucionais qualificados compraram 6,97 vezes o volume de ações destinadas a eles, e os funcionários da empresa fizeram ofertas para 1,74 vez o número de ações que lhes foram alocadas.
A demanda por parte de investidores não institucionais e do varejo, porém, foi fraca. As ofertas corresponderam a apenas 60% e 50%, respectivamente, das ações disponíveis.
A segunda maior montadora da Índia busca arrecadar até 278,7 bilhões de rupias indianas (US$ 3,32 bilhões) por meio da venda de 142,2 milhões de ações existentes, o que corresponde a 17,5% do seu capital, na faixa de preço anunciada entre 1.865 e 1.960 rupias por ação. A empresa não planeja emitir novas ações.
Investidores-âncora, incluindo BlackRock e Fidelity, já compraram quase US$ 1 bilhão em ações no início desta semana, no valor máximo da faixa, o que daria à empresa uma avaliação próxima a US$ 19 bilhões.
A Hyundai deve definir o preço final da IPO nesta sexta-feira (18), possivelmente no teto da faixa de preço.
General Motors e Hyundai exploram colaboração em veículos
A General Motors (GM) e a Hyundai disseram nesta quinta-feira (12) que concordaram em explorar uma colaboração futura em áreas estratégicas, incluindo o potencial desenvolvimento conjunto de veículos, questões da cadeia de suprimentos e tecnologias de energia limpa.
As montadoras norte-americana e sul-coreana afirmaram que assinaram um memorando de entendimento não vinculativo para considerar maneiras de “alavancar sua escala e forças complementares a fim de reduzir custos e oferecer uma gama mais ampla de veículos e tecnologias aos clientes mais rapidamente.”
As empresas enfrentam dezenas de bilhões de dólares em custos de capital para construir novos veículos elétricos e baterias, garantir cadeias de suprimentos e desenvolver tecnologias avançadas, como veículos autônomos, enquanto lidam com regulamentações rigorosas de emissões e forte concorrência em todo o mundo.