O banco Goldman Sachs cortou o preço-alvo das ações da Intelbras (INTB3) de R$ 25,90 para R$ 22 em 12 meses. Mesmo assim, o banco manteve recomendação de compra e vê bom potencial de valorização da companhia, de 28%.
A revisão das projeções é justificada por uma perspectiva de margens menores e maior custo de capital. O banco também avalia que investidores estão mais cautelosos, pois foram negativamente surpreendidos pelas margens do último semestre.
Ao mesmo tempo, o banco considera que os riscos já estão precificados, por isso segue recomendando a compra de ações da Intelbras. Às 11h (horário de Brasília), os papeis da companhia recuavam 0,58%, a R$ 17,19.
“Acreditamos que o 3T24 aumentou a incerteza sobre os resultados futuros, especialmente no nível de margem, e agora assumimos menor crescimento de Segurança e margens gerais estruturalmente menores para contabilizar ventos contrários logísticos/climáticos/câmbio difíceis de prever e também refletindo tendências específicas do segmento em TIC e Energia”, disseram os analistas Vitor Tomita e Milenna Okamura, segundo o “Investing.com”.
“Vemos um momentum de lucros ainda incerto no 4T24, dadas as comparações anuais mais difíceis, enquanto muitos dos mesmos ventos contrários que pressionaram as margens do 3T24 permanecem em vigor; embora tenhamos previsto uma melhoria sequencial da margem devido aos aumentos de preços implementados durante o 3T24 e à ramp-off da produção local de novas ofertas de TIC”, avaliaram os analistas.
Intelbras (INTB3) lucra R$ 130,2 mi no 3T24, com receita de R$ 1,24 bi
A Intelbras (INTB3) registrou um lucro de R$ 130,2 milhões no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 17,8% em comparação com o mesmo período de 2023. As receitas avançaram 33,2%, totalizando R$ 1,24 bilhão.
A divisão de energia da Intelbras (INTB3) teve um crescimento de 44,4%, atingindo R$ 286,2 milhões em receitas. Já a área de tecnologia da informação e comunicação cresceu 37,7%, com faturamento de R$ 285,2 milhões. O segmento de segurança também registrou alta, de 27,3%, totalizando R$ 672,5 milhões.
O Ebitda somou R$ 150,5 milhões, uma alta de 17,4%, enquanto a margem Ebitda recuou para 12,1%.
O custo dos produtos vendidos aumentou 39,3%, chegando a R$ 879,4 milhões, e as despesas operacionais cresceram 22,9%, para R$ 238,8 milhões, conforme informações do “Valor”.