Relatório do Goldman

Investidores questionam gastos de big techs em corrida de IAs

O CFO da Meta, Susan Li, anunciou que a empresa pretende acelerar os gastos com infraestrutura para apoiar os “planos para IA”

Foto: Freepik
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A “corrida” das IAs (inteligência artificial) dos últimos anos está começando a gerar preocupações entre investidores, em meio a temores de que os robustos investimentos previstos para os próximos anos não têm apresentado resultados palpáveis.

O tema foi apresentado por analistas do Goldman Sachs, que apontaram nomes como Amazon (AMZO34), Meta (M1TA34), Microsoft (MSFT34) e Alphabet (GOGL34) — que conseguiram a denominação de hyperscalers — investiram aproximadamente US$ 357 bilhões em 2023 com capex e P&D (pesquisa e desenvolvimento).

Segundo os analistas, deste total, uma “porção significativa” foi direcionada para IA, uma soma equivalente a quase um quarto do que o total das companhias listadas no S&P 500 destinou para capex e P&D.

“Os hyperscalers atuais serão requeridos em algum momento a provar que receitas e lucros serão gerados desses investimentos”, disse o relatório, de acordo com o “Neofeed”. “Se os primeiros indícios forem de que isso não será gerado, resultará numa queda de valuation”.

Desde que o tema IA começou a se destacar no mercado, investidores passaram a correr atrás dos potenciais vencedores dessa corrida — a Nvidia (NVDC34) é quem está liderando no momento, com um valor de mercado que foi de US$ 300 bilhões para quase US$ 3 trilhões em dois anos.

Na outra ponta, as big techs vêm tentando correr atrás do prejuízo e aumentar os investimentos no segmento.

Em teleconferência de resultados do primeiro trimestre, o CFO da Meta, Susan Li, chegou a anunciar que a empresa pretende acelerar os gastos com infraestrutura para apoiar os “planos para IA”.

Investidores sacaram R$ 49,6 bi de multimercados após perdas

A permanência da Selic (taxa ásica de juros) em patamares superiores a dois dígitos, somados a retornos majoritariamente abaixo da CDI (Certificado de Depósito Interbancário), auxiliaram no crescimento da saída da indústria de fundos multimercados e investidores nos primeiros meses de 2024.

De janeiro a maio, somente o segmento de investidores pessoas físicas e de clientes de plataformas, por exemplo, houve uma retirada de R$ 49,6 bilhões de fundos. As informações foram divulgadas pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

“É o público que mais consome esse tipo de fundo”, resumiu, de acordo com o “InfoMoney”, Pedro Rudge, diretor da Anbima, durante coletiva de imprensa.