De 'venda' a 'neutra'

IRB (IRBR3): ações saltam após JP Morgan elevar recomendação

A ação do IRB vinha sofrendo com perdas nas últimas duas semanas, com queda acumulada de 16%, devido aos impactos pela tragédia no RS

IRB (IRBR3)
IRB (IRBR3) / Foto: Divulgação

As ações da IRB (IRBR3) apresentam forte alta na manhã desta sexta-feira (17), após o JP Morgan elevar a recomendação da companhia de ‘venda’ para ‘neutra’. Por volta das 11h30 (horário de Brasília), os papéis avançavam 4,27%, a R$ 38,86.

A ação do ressegurador vinha sofrendo com perdas nas últimas duas semanas, com queda acumulada de 16% (ante estabilidade do índice Ibovespa), devido aos impactos estimados na operação com a tragédia que acomete o RS (Rio Grande do Sul).

Segundo o JP Morgan, o IRB (IRBR3) é mais exposto em sua cobertura à catástrofe – com impactos vindos de seguro agrícola, propriedade, residencial, especial e riscos.

O banco espera um impacto no Ebit (lucro antes de juros e imposto de renda) de, pelo menos, R$ 80 milhões. A previsão converge com a estimativa inicial de perda antes dos impostos de R$ 80 a 160 milhões fornecida pela administração durante conferência do 1T24.

Em termos de avaliação, o IRB está negociando a 0,8 vez Preço (P)/ Valor Patrimonial (VPA), considerado justo pelos analistas do banco e sem assimetria para o lado negativo.

Além disso, os ROEs (retornos sobre o patrimônio) tangível ex-créditos fiscais estão em torno de 15 a 16% (ou 18% assumindo uma taxa de imposto de 30%, ou seja, IRB otimizando o JCP em algum momento no futuro).

Por fim, o JPMorgan também reduziu a previsão de lucro para 2024 em 21% para R$ 262 milhões. Em sua cobertura financeira, o banco disse preferir Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Nubank (ROXO34), Porto Seguro (PSSA3) e XP (XPBR31).

IRB (IRBR3): lucro líquido tem crescimento anual de 825%

A empresa de resseguros IRB (IRBR3) apontou forte crescimento no lucro líquido no primeiro trimestre de 2024: o montante totalizou R$ 79,1 milhões, alta de 825% em relação ao mesmo período de 2023.

Segundo a companhia, o lucro líquido foi impactado “tanto pelo resultado de underwriting quanto pelo resultado financeiro, ambos positivos”. O ressegurador afirma que este salto é fruto da limpeza da carteira de resseguros, que ampliou o resultado agregado dos contratos e reduziu a sinistralidade.

O resultado de underwriting (subscrição) ficou positivo em R$ 122,4 milhões. No 1T23, o montante foi de R$ 3,7 milhões.

O sinistro retido total diminuiu 43,3% para R$ 529 milhões. Já o índice de sinistralidade foi de 58,2% no 1T24, melhor em 19,1 pontos percentuais (p.p.) quando comparado com 1T23. O índice combinado, por sua vez, atingiu 99,0% no 1T24, 11,9 p.p. melhor que o 1T23.

Ao considerar o prêmio emitido total, o valor ficou em R$ 1,440 bilhão no primeiro trimestre de 2024, o que representa uma baixa de 9,1% no comparativo anual. No Brasil, houve alta de 5,3%, para R$ 1,060 bilhão, enquanto no exterior, o recuo foi de 34,2% em termos anuais, para R$ 379,9 milhões.

Já o resultado do IRB antes dos impostos e participações foi de R$ 150,9 milhões, um crescimento de 978% na comparação anual. O resultado financeiro e patrimonial teve baixa de 2,7% em um ano, para R$ 141,6 milhões, na mesma base comparativa.

O custo de aquisição totalizou R$ 252,5 milhões, comparado a R$ 233,2 milhões no 1T23. As despesas gerais e administrativas somaram R$ 75 milhões, comparado a R$ 88 milhões no ano anterior.

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