A Kanastra, startup que oferece serviços para fundos de securitização, anunciou nesta sexta-feira (31) que recebeu um aporte minoritário do Itaú Unibanco (ITUB4), em uma extensão da captação de recursos da série A — a primeira rodada de investimentos que uma startup realiza para iniciar sua fase de expansão —, realizada em 2024. A companhia não divulgou o valor investido.
Segundo a startup, o Itaú (ITUB4) já era cliente da Kanastra em diferentes áreas, como Itaú Asset, sua tesouraria e a própria área de DCM do banco. O investimento será realizado por meio do Corporate Venture Capital do banco, gerido pela Kinea. O fundo existe desde 2020 e este é o oitavo negócio que realiza.
“O segmento de fundos estruturados e securitizações vem em ritmo de crescimento acelerado, e a Kanastra tem um diferencial pelo uso intensivo de tecnologia em seus produtos e serviços, o que a posiciona como uma empresa com amplo potencial de ser uma das protagonistas da evolução dessa indústria. Como sócios, estamos prontos para oferecer o apoio necessário para que a companhia alcance a próxima fase de escala e de institucionalização”, disse Philippe Schlumpf, gestor do fundo Corporate Venture Capital do Itaú, de acordo com o Valor.
Fundada em 2022 por Gustavo Mapeli e Manuel Netto, a Kanastra presta serviços de administração, custódia e gestão de fundos estruturados, emissão e administração de securitização banking-as-a-service, além de operar FIDCs, CRIs, CRAs, debêntures e cobranças por Pix e boleto, entre outros.
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“No nosso negócio, a confiança do mercado é fundamental. Como operamos com valores muito grandes, clientes querem nos ver cada vez mais robustos para continuarem trazendo mais negócios. O Itaú, que já era nosso cliente, agora também se torna sócio da Kanastra. Isso fortalece nossa posição no mercado”, disse Mapeli, CEO da Kanastra.
Itaú protocola ação contra ex-diretor financeiro e pede R$ 3,3 mi
Uma ação de responsabilidade foi movida pelo Itaú Unibanco (ITUB4) contra o ex-diretor financeiro do banco, Alexsandro Broedel e o professor de contabilidade Eliseu Martins. A instituição pede a devolução de R$ 3,350 milhões que o ex-executivo teria recebido indevidamente.
A ação se refere a acusações que o banco fez aos dois em dezembro do ano passado. A afirmação do Itaú é que Broedel recebeu indevidamente valores pagos pelo banco a Martins por serviços de consultoria prestados ao longo de cinco anos, entre 2019 e 2024.
Além disso, o Itaú apontou que os serviços em questão foram aprovados pessoalmente pelo executivo, o que configuraria conflito de interesse visto que Broedel e Martins são sócios em uma empresa desde 2012. No entanto, essa relação não foi declarada pelo ex-diretor ao banco ao longo do período em que ele exerceu a função.
