A Itaúsa (ITSA4), holding controladora do Itaú Unibanco, CCR, Dexco e Alpargatas, registrou um lucro líquido de R$ 3,72 bilhões no quarto trimestre, o que representa um crescimento de 25% em relação ao ano anterior.
O lucro recorrente ficou em R$ 3,68 bilhões, apresentando uma alta de 16% em comparação anual.
A companhia atribui o aumento no lucro, principalmente, ao desempenho positivo do Itaú Unibanco, que gerou um impacto favorável de R$ 725 milhões, além do controle mais eficiente das despesas administrativas, embora os resultados do setor não financeiro tenham parcialmente compensado esse crescimento.
Custos operacionais da Itaúsa (ITSA4) no 4º trimestre
No desempenho individual da Itaúsa, as despesas administrativas somaram R$ 46 milhões no quarto trimestre, o que representa uma redução de 8% em comparação ao mesmo período de 2023.
Por outro lado, as despesas tributárias aumentaram 8%, atingindo R$ 128 milhões, devido, principalmente, ao maior custo com PIS/Cofins, resultante das elevadas declarações de juros sobre o capital próprio feitas pelo Itaú Unibanco no período.
O resultado das operações não financeiras das empresas controladas pela Itaúsa foi de R$ 69 milhões no trimestre, registrando uma queda de 77% em relação ao ano anterior.
O resultado financeiro da companhia ficou negativo em R$ 108 milhões, mantendo-se estável em relação ao quarto trimestre de 2023.
Em 2024, no acumulado do ano, a Itaúsa obteve um lucro de R$ 14,78 bilhões, representando um aumento de 10% em relação ao ano passado.
Dívida líquida da Itaúsa (ITSA4) vai a R$ 1,05 bi
A dívida líquida da Itaúsa atingiu R$ 1,05 bilhão no encerramento do quarto trimestre, marcando um aumento de 61,3% em relação ao mesmo período de 2023. No ano passado, a holding emitiu R$ 1,3 bilhão em debêntures, que foram usadas para quitar uma emissão anterior.
Com essa emissão, o custo médio da dívida da Itaúsa foi reduzido em 0,44 ponto percentual em comparação com o pico registrado no primeiro trimestre do ano passado, ficando em CDI + 1,54% ao ano.
Além disso, o prazo médio da dívida aumentou de 6 para 6,6 anos, e as primeiras amortizações de principal foram postergadas de 2028 para 2029, com uma menor concentração de pagamentos programados para 2029 e 2030.