A JBS USA, subsidiária da JBS (JBSS3) nos EUA, firmou um acordo de US$ 4 milhões com o Departamento de Trabalho do país para combater violações relacionadas ao trabalho infantil em sua cadeia produtiva. O acordo foi anunciado pelo órgão nesta segunda-feira (13).
O valor vai ser destinado ao apoio a pessoas de comunidades afetadas pelo trabalho infantil ilegal. “Com este acordo, a JBS USA adotou medidas criativas e progressistas para combater o trabalho infantil ilegal”, disse, em comunicado, a administradora do Departamento de Salários e Horas do órgão, Jessica Looman.
Segundo ela, a empresa assumiu responsabilidade pelos casos de crianças desempenhando trabalhos perigosos em suas unidades e propôs soluções concretas para não permitir novas ocorrências.
Os programas que vão receber os recursos estão localizados em comunidades como Guntersville (em Alabama), Greeley (Colorado), Ottumwa (Iowa), Worthington (Minnesota) e Grand Island (Nebraska).
Os investimentos vão ser utilizados em iniciativas como bolsas de estudo, auxílio educacional, ensino de inglês como segunda língua, treinamento profissional e apoio à moradia.
Outras medidas da JBS
Além de enviar esses recursos para as comunidades, a JBS vai realizar um simpósio sobre prevenção ao trabalho infantil com lideranças do setor e ONGs; contratar um especialista para revisar a conformidade de suas políticas internas com a legislação; fazer auditorias surpresas; e criar uma linha ética gratuita para denúncias anônimas.
A empresa também se comprometeu a iniciar uma política de tolerância zero em relação a contratos envolvidos com violações; promover campanhas publicitárias para a conscientização de comunidades sobre os prejuízos do trabalho infantil; e realizar treinamentos obrigatórios sobre o assunto para todos os funcionários e trabalhadores terceirizados.
O acordo foi fechado após investigações do Departamento de Trabalho que revelaram o emprego de crianças em condições perigosas e turnos noturnos no trabalho de terceiros contratados pela JBS. Os estados onde ocorreram as violações são Colorado, Iowa, Minnesota e Nebraska, segundo o comunicado do órgão.