O JPMorgan (JPMC34) reiterou, em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (5), sua preferência por ações de construtoras do segmento de menor renda — faixa elegível para os subsídios de financiamento imobiliário do programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV).
O banco norte-americano revisou as estimativas das empresas do setor, incorporando os dados dos balanços do primeiro trimestre de 2025.
O documento, assinado pelo analista Marcelo Motta, calcula que as ações das construtoras do segmento de menor renda estão sendo negociadas a 6,8 vezes o lucro estimado para 2026 (P/L). Já os papéis das empresas voltadas para as rendas média e alta estão sendo negociados a 5,3 vezes.
Recomendação para construtoras
Com base nesses novos cálculos, o JPMorgan modificou sua ação preferida no setor voltado às faixas de renda mais baixa. Os papéis da Tenda Construtora (TEND3) foram escolhidos como Top Pick do segmento, com recomendação Overweight (equivalente à compra).
A escolha pelas ações da Tenda se deve à sua forte exposição ao MCMV e ao potencial de valorização frente ao consenso de mercado. “O MCMV passou por melhoras significativas nos últimos meses, incluindo a criação da ‘Faixa 4’ e a alocação de recursos do Fundo Social, servindo como uma catapulta para o crescimento”, aponta Motta, de acordo com Investing, que também destacou os papéis da Cury (CURY3) e da Direcional (DIRR3).
JPMorgan indica varejistas que perderão lucro com novo IOF; veja
Desde quinta-feira (22), o assunto que tomou o mercado financeiro foi o aumento no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), anunciado pelo governo federal. Na esteira das repercussões, o banco JPMorgan analisou que as varejistas devem sofrer mais pressão nos lucros.
Apesar de parte da medida ter sido revogada, o aumento do IOF ainda incidirá sobre transações importantes no dia a dia de pessoas físicas e empresas: câmbio, crédito e planejamento sucessório.
Considerando especialmente as varejistas, as novas regras também atingem as operações conhecidas como “risco sacado”. Essa operação seria uma transação na qual uma empresa antecipa recebíveis para seus fornecedores por intermédio de bancos, e, posteriormente, paga o valor devido aos bancos.