Expôs preferências

Juros altos fazem BTG ajustar projeções para varejo e rebaixar Petz (PETZ3)

Os analistas da casa ainda veem perspectiva de alta para o setor após o sell-off, mas rebaixaram o preço-alvo dos papéis

Petz / Divulgação
Petz / Foto: Divulgação

O cenário macroeconômico deve ser o principal fator a nortear as ações das empresas de varejo em 2025. Com juros elevados, inflação acima da meta e outras questões, encontrar empresas resilientes em meio à crise é uma tarefa difícil e exige uma seleção com um pouco mais de critério. A afirmação é de analistas do BTG Pactual (BPAC11), que, nesse contexto, trouxeram suas preferências: Mercado Livre, Grupo Mateus, Smartfit e Vivara. Enquanto isso, a recomendação para a Petz (PETZ3) foi rebaixada para neutra.

“Apesar de uma abordagem mais conservadora, temos sido vocais no mantra para investir no varejo em 2025: baixa alavancagem financeira e um bom momento operacional”, disse o banco, de acordo com a Investing.

Os analistas da casa ainda veem perspectiva de alta para o setor após o sell-off, mas rebaixaram o preço-alvo dos papéis diante dos juros mais elevados, de seus impactos no consumo e das projeções de resultados mais pessimistas.

Além disso, mesmo reconhecendo as sinergias do acordo com a Cobasi, o banco rebaixou as ações da Petz de compra para neutra, em meio a perspectivas desafiadoras para o segmento e um valuation considerado mais caro.

Goldman alerta para impacto do câmbio e juros na B3 em 2025

Após o real perder 24% de seu valor frente ao dólar, as empresas brasileiras, especialmente aquelas com grande exposição ao câmbio e à dívida atrelada às taxas de juros, enfrentarão uma grande pressão, ao passo que as taxas de juros de dez anos subiram mais de quatro pontos percentuais, conforme analisou o Goldman Sachs.

As previsões para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil ainda não foram ajustadas para baixo, segundo o banco, apesar das flutuações cambiais e da elevação das taxas de juros. 

Contudo, os reflexos dessa realidade já começaram a ser sentidos nas ações, à medida que o mercado ajusta às expectativas frente às condições econômicas mais difíceis.

Setores como utilities (energia e saneamento), infraestrutura, companhias aéreas e locadoras de veículos são os mais atingidos, segundo o “InfoMoney”. Os custos para essas empresas ficam mais altos com a elevação dos juros e a desvalorização do real.