Foto: Reprodução Ambipar
Foto: Reprodução Ambipar

A juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca, da 3º Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro validou nesta quinta-feira (30), o pedido de recuperação judicial da empresa de soluções ambientais, a Ambipar. A companhia apresenta dívidas na casa dos R$ 11 bilhões.

Com o deferimento da Justiça, a partir deste momento, a empresa de gestão de resíduos terá um período de 180 dias de suspensão de cobrança de dívidas pelos credores. Além disso, contará com um prazo de 60 dias para apresentar o seu plano de recuperação judicial.

No início desta semana, a Justiça havia definido que o estado do Rio de Janeiro é o foro competente para o processamento da recuperação judicial. Bancos credores buscavam levar o caso de recuperação judicial para São Paulo.

Ambipar (AMBP3) mantém alta e avança 6% na B3 após Justiça manter RJ

Ambipar (AMBP3) segue em alta após a decisão que manteve o processamento de sua recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro. No dia do anúncio, na segunda-feira (27), as ações da companhia dispararam e encerraram o pregão com valorização de 34,62%.

No início da tarde desta quinta-feira (30), por volta das 12h25 (horário de Brasília), os papéis registravam alta de 6,06%, sendo negociados a R$ 0,35.

A 21ª Câmara de Direito Privado tomou a decisão na segunda-feira (27), representando uma vitória para a companhia na disputa com credores.

Instituições financeiras buscavam transferir o caso para São Paulo, sob o argumento de que a Justiça paulista adota uma postura mais rígida em relação a empresas devedoras. No meio jurídico, é comum a percepção de que o Judiciário fluminense tende a ser mais flexível com companhias em crise.

Com dívida bruta de R$ 10,7 bilhões, a Ambipar tenta blindar sua operação em meio ao risco de um possível efeito dominó no sistema financeiro. Segundo a Revista Oeste, quase todos os contratos da empresa incluem cláusulas de vencimento cruzado — o que significa que o acionamento de uma dívida pode antecipar a cobrança de todas as demais.