A gestora HIG Capital, controladora da Kora Saúde (KRSA3), protocolou no último domingo (15) uma nova proposta de OPA (oferta pública de aquisição) para comprar ações da rede hospitalar, pouco mais de três anos após sua entrada na Bolsa.
A iniciativa ocorre após uma tentativa em julho que nao findou, marcada por discordâncias com acionistas minoritários e desentendimentos com a B3, a Bolsa de Valores brasileira.
A nova oferta é de R$ 8,80 por ação, representando um prêmio de 31% em relação ao valor de fechamento de R$ 6,72 na última sexta-feira (13).
A Oferta Pública de Aquisição (OPA) é uma operação no mercado financeiro em que uma empresa ou um grupo de investidores oferece a compra de ações de uma companhia aberta, geralmente com o objetivo de adquirir o controle ou fechar o capital da empresa, retirando-a da Bolsa de Valores.
A OPA pode ser voluntária, quando é uma decisão da controladora, ou obrigatória, exigida pela regulamentação em situações como reorganizações societárias.
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O preço por ação ofertado normalmente inclui um prêmio sobre o valor de mercado, como forma de atrair os acionistas a venderem suas participações.
Apoio dos acionistas será crucial para Kora Saúde
Para que a operação seja bem-sucedida, a HIG Capital precisa da aprovação de dois terços dos acionistas do free float, atualmente em 20,3% do capital social da empresa. No entanto, quando excluídos os fundadores da Kora Saúde, esse percentual cai para 10%.
Os médicos fundadores Bruno Moulin Machado e Ivan Lima, que juntos detêm 11% das ações, apoiam a OPA, mas estão impedidos de votar devido a um acordo prévio com a controladora.
A HIG afirma já contar com o apoio de 31,86% dos acionistas do free float para aprovar a oferta, o que a coloca mais perto de seu objetivo de fechar o capital da Kora Saúde.
