A fabricante de máquinas Romi (ROMI3) teve queda no lucro referente ao quarto trimestre de 2024. O resultado apresenta uma diminuição de 17,7% sobre o saldo apresentado um ano antes. Entretanto, na mesma base de comparação de tempo, as receitas da empresa cresceram 18,6%, chegando a R$458,5 milhões.
O faturamento da companhia foi maior, contudo, ofuscado pelo crescimento de 52,6% em despesas operacionais. As informações foram apuradas pelo “Valor”, que ainda destacou o resultado financeiro negativo em R$2,3 milhões na Romi.
O aumento de pedidos foi responsável pelo montante adicional na receita. A carteira de pedidos da empresa chegou a R$651,7 milhões no quarto trimestre, crescimento de 32,2% em comparação anual. A Romi é uma empresa de produção em máquinas industriais e peças fundidas ou usinadas.
Rui Costa: indústria puxou crescimento do PIB em 2024
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (22) que a indústria “puxou o crescimento) do PIB (Produto Interno Bruto) no ano de 2024. A afirmação foi feita em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, transmitido pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
“Vi vários artigos dizendo que quem puxou o PIB foi o agronegócio. Pois bem, em 2024 quem puxou o crescimento foi a indústria de base”, afirmou, destacando que a indústria “é quem garante investimento de longo prazo”.
Costa atribuiu a expansão da indústria em parte à “explosão de crescimento da venda de imóveis”, afirmando que “cada casa [construída] dessas significa contratação de trabalhadores na ponta”.
Confiança da indústria recua em janeiro, aponta FGV
O ICI (Índice de Confiança da Indústria) do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) caiu em janeiro 1,3 ponto, resultando em uma média de 98,4 pontos. No trimestre, a média móvel avançou 0,5 ponto, chegando a 98,9 pontos.
Em janeiro, houve queda na confiança na maioria dos segmentos, 10 dos 19 setores consultados. Esse resultado expõe um pessimismo com relação aos próximos meses e apresenta consonância com o ISA (Índice Situação Atual) que subiu 0,1 ponto, somando 100,9 pontos.
Segundo Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE, a confiança na indústria caiu como resultado da cautela de empresários com expectativas e desaceleração dos indicadores presentes: “ Apesar dos estoques seguirem em níveis satisfatórios, a percepção sobre a demanda é pior entre as categorias de uso. As expectativas reforçam a ideia de que o início de 2025 pode ser diferente, em ritmo mais fraco do que foi observado no ano anterior”, complementa.