De acordo com informações do jornal Estadão e-investidor, do grupo Estadão, os maiores bancos de capital aberto do Brasil, Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBSA3) e Santander (SANB11), tiveram um lucro conjunto de R$ 25 bilhões no segundo trimestre deste ano, caindo 9% na comparação anual, devido ao resultado do BB, que despencou 60%. Na comparação do trimestre, o resultado diminuiu 12%.
Com taxa de juros a 15% ao ano, os bancos reservaram R$ 41 bilhões no período em provisões para perdas no crédito, aumento anual de 33%, que também teve o BB na dianteira, com expansão de 105%.
O Itaú teve, de longe, o melhor resultado dos quatro, com o maior lucro, retorno patrimonial mais elevado e a taxa de inadimplência mais baixa, o BB, ao contrário, ficou no lado oposto, com os piores indicadores. O ROE (Retorno sobre o Patrimônio) de 8,4%, sendo o mais baixo do banco em quase 10 anos e bem aquém dos números do Santander (16,4%), Bradesco (14,6%) e Itaú (23,3%).
O balanço do Itaú tem sido comparado por analistas a um relógio suíço, pela consistência dos números. Assim, enquanto o Itaú teve um lucro trimestral de R$ 11,5 bilhões, e o Bradesco mostrou que sua reestruturação interna já traz resultados importantes, o BB sinalizou que ainda pode ter outro trimestre difícil, o terceiro período de 2025.
O ano de 2025 é visto pelo comando do BB como um período de “ajustes”, tanto à piora da inadimplência no agronegócio, que atingiu níveis historicamente altos no banco, quanto aos efeitos da resolução 4.966 do Banco Central, que exige provisões para perdas esperadas no futuro, e não apenas para o passado.
Um destaque comum dos grandes bancos foi a segurada no crédito neste ano, em função dos juros mais altos. O Santander foi o mais radical, e a carteira encolheu 1% na comparação do segundo trimestre com o primeiro. BB e Bradesco cresceram 1,3% no mesmo período e o Itaú avançou 0,4%.
O lucro do Banco do Brasil, há um ano, estava em R$ 9,5 bilhões no 2T24 (três vezes maior que o do Santander), no segundo trimestre de 2025 caiu para R$ 3,8 bilhões, pouco acima dos 3,6 bilhões do banco espanhol operado no Brasil.