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Magalu (MGLU3) dá 1º passo e obriga concorrentes a ‘se mexerem’

Magalu/Divulgação

Após o anúncio de que havia fechado uma parceria com o Aliexpress, o Magalu (MGLU3) chegou a disparar dois dígitos. A varejista fechou o pregão na segunda-feira (24) com alta de 12,38%, cotada a R$ 12,16.

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O mercado tomou um susto com a novidade do Magalu (MGLU3) e recebeu com uma perspectiva muito positiva. Movido pelo bom humor dos investidores, o papel acabou não sustentando a alta nesta terça-feira (25) e fechou com queda de 2,63%, a R$ 11,84.

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“O movimento fortalece as expectativas em relação a essa varejista. Porém, o Magalu vem enfrentando alguns problemas desde a pandemia. A inflação afetou muito o Magalu e todo o mercado do varejo”, explicou Ricardo Matte, CEO e fundador da Vincit Capital.

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Segundo ele, a parceria é estratégica e deve ampliar a quantidade de produtos oferecidos pela empresa. Além disso, ele aponta que o movimento deve diversificar as fontes de receitas das duas empresas.

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Em complemento, André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, destacou o movimento como uma “proteção” contra as concorrentes.

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“A concorrência está grande, com Mercado Livre liderando com folga, além da Shopee. Sem dúvidas, essa parceria pode tornar o ambiente no varejo mais competitivo e obrigar os concorrentes a se mexerem também”, disse Fernandes ao BP Money.

Melhora na ação da Magalu (MGLU3) vai depender dos próximos resultados

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Ainda segundo Fernandes, o mercado pode se surpreender com os próximos resultados do Magalu, fazendo a empresa parar de perder market share (quota de mercado).

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“Isso acaba impactando positivamente nos preços das ações do Magalu, além de reduzir o apetite por posições short (que apostam na queda das ações)”, comentou.

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Além disso, o head de renda variável apontou que essa parceria com o Aliexpress pode ter um impacto positivo no GMV da empresa — GMV é a métrica utilizada para analisar o resultado de vendas no e-commerce.

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“Essa combinação pode ajudar o Magalu a melhorar seus resultados, que estão sofrendo por conta da alta concorrência de plataformas como Mercado Livre, Shopee e AliExpress”, observou Fernandes.

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“Da mesma forma, a AliExpress pode aumentar a oferta de produtos em sua plataforma de maior valor agregado com essa parceria com a Magalu, estabelecendo assim uma relação ‘ganha-ganha’ ”, acrescentou.

Mercado criou mais expectativa do que deveria sobre a parceria, diz analista

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Por outro lado, o economista e investidor da Corano Capital, Bruno Corano, traz um olhar um pouco mais distante do bom humor recente dos investidores.

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“O mercado criou mais expectativa do que, de fato, essa união pode gerar de ganhos e aumento de receita”, disse o especialista ao BP Money.

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Segundo Corano, a linha de produtos que será intercambiada é “relativamente limitada” no momento. Ou seja, as possibilidades de ganhos também são limitadas.

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Além disso, ele reforça que, mesmo assim, o acordo fortalece a vantagem competitiva dos dois players. “Mas ainda está indefinida a questão clara de como vão ficar os impactos fiscais”, acrescentou.

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Nesse sentido, a Ativa Research pontuou que existe um acordo de take rate entre as empresas que não foi aberto ao público. Mas o Magalu destacou que o negócio é benéfico para as duas empresas.

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A Research também acrescentou que todos os produtos vendidos pelo Aliexpress na plataforma do Magazine Luiza seguirão sob as regras da remessa conforme. “Então, isso aí até então não era nenhum tipo de manobra para ganhar alguma vantagem”.

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“O problema do Magalu mesmo é vendas, é a competitividade. Ela tem que se mostrar competitiva em precificação, em serviço ao cliente, em leque de produtos. E aí ela tem Mercado Livre, tem Amazon e tem as estrangeiras ainda competindo com ela”, avaliou.

População acredita que preços vão aumentar

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Ao contrário da boa expectativa do mercado financeiro, o consumidor final não recebeu a notícia “de braços abertos”.

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Na rede social “X” (antigo Twitter), do bilionário Elon Musk, muitos usuários expressaram seu desconforto em relação ao movimento da varejista.

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Os usuários relacionam o acordo à taxação de 20% sobre remessas internacionais com valores superiores a US$ 50,00. Assim, no entendimento popular, os produtos vão ficar mais caros ao serem vendidos na plataforma da varejista brasileira.

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