Vale, Samarco e BHP

Mariana: mineradoras farão 1º pagamento do acordo de reparação em 1 mês

O acordo prevê o pagamento de R$ 132 bi, dos quais 100 bi representam “novos recursos” que devem ser pagos ao poder público em até 20 anos

Mariana
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

As mineradoras Vale (VALE3), Samarco e BHP farão o primeiro pagamento do acordo de reparação de Mariana, em Minas Gerais, onde a barragem de rejeitos de minério de ferro do Fundão rompeu-se, deixando 19 mortos, centenas de desabrigados e comunidades, florestas e rios devastados.

O valor representará a primeira parcela dos R$ 5 bilhões estabelecidos para este ano. Os valores anuais variam entre 4,41 bilhões de reais, previstos para a última parcela, em 2043, e 7 bilhões de reais, o mais alto a ser pago em um ano, em 2026, segundo comunicado do Palácio do Planalto.

O acordo prevê o pagamento de R$ 132 bilhões, dos quais 100 bilhões de reais representam “novos recursos” que devem ser pagos ao poder público em até 20 anos pelas empresas envolvidas na tragédia.

Os outros R$ 32 bilhões serão destinados ao custeio de indenizações a pessoas atingidas e de ações reparatórias que permanecerão sob sua responsabilidade, além dos 38 bilhões de reais que as empresas dizem ter desembolsado.

“Eles [os recursos] serão fundamentais para uma série de ações voltadas à recuperação ambiental das áreas atingidas, bem como para apoio aos municípios e aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, impactados diretamente pelo rompimento da barragem”, afirmou o governo em nota.

Vale (VALE3) deve assinar acordo de Mariana na sexta-feira (25)

O acordo multibilionário com autoridades federais e estaduais para reparar e compensar o rompimento da barragem em Mariana (MG), ocorrido em 2015, deve ser assinado pelas mineradoras Vale (VALE3), BHP e Samarco na sexta-feira (25), segundo o Palácio do Planalto, apurou a “Reuters”. 

A informação inicial de que o fechamento do acordo foi adiantada pelo veículo, que revelou também que a soma total do acordo deve chegar a R$ 170 bilhões. 

O valor inclui os pagamentos que já foram feitos pelas 3 empresas, bem como recursos novos e obrigações que ainda devem ser cumpridas.

Em novembro de 2015, a barragem da Samarco, uma joint venture da Vale com a BHP, rompeu e despejou uma onda gigante de lama que matou 19 pessoas. Além disso, outras centenas de cidadãos ficaram desabrigados. A lama também atingiu florestas, comunidades e rios da região, inclusive o rio Doce, em toda a sua extensão até o mar do Espírito Santo.


Acesse a versão completa
Sair da versão mobile