
Após uma sequência de 12 trimestres consecutivos de prejuízos, a Marisa (AMAR3) finalmente registrou um desempenho positivo no quarto trimestre de 2024. A varejista alcançou um lucro líquido de R$ 5,8 milhões, um valor ainda modesto, mas representando uma grande diferença em relação ao prejuízo de R$ 120 milhões no mesmo período do ano anterior.
A margem Ebitda ficou em 26%, enquanto a alavancagem foi praticamente eliminada, alcançando 0,2x.
O valor representa uma recuperação significativa em relação ao prejuízo de R$ 112 milhões registrado no mesmo período de 2023.
“Hoje, estamos celebrando um marco transformador: o retorno à lucratividade, consolidando os resultados de uma reestruturação bem-sucedida e um novo momento para a Marisa”, afirmou o CEO Edson Garcia.
Em 2024, a empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 315,8 milhões, apresentando uma melhora de 39% em relação ao prejuízo de R$ 520,8 milhões registrado em 2023.
A companhia atribui essa melhoria a uma série de estratégias, como a redefinição de seu público-alvo, a normalização das relações com fornecedores, ajustes no mix de produtos e preços, além da capitalização da empresa, que contribuíram diretamente para o desempenho positivo.
Entre outubro e dezembro de 2024, o Ebitda (Pós-IFRS16) da Marisa alcançou R$ 120,2 milhões, mostrando uma recuperação expressiva frente ao resultado negativo de R$ 56 milhões registrado no quarto trimestre de 2023.
O Ebitda do ano foi de R$ 122,8 milhões, revertendo o déficit de R$ 82,2 milhões apurado em 2023 e demonstrando a eficácia das ações implementadas pela empresa ao longo do ano.
“A iniciativa normalizou o abastecimento das lojas e recompôs estoques com produtos alinhados às necessidades do novo público-alvo e com melhores condições de pagamento que, por sua vez, beneficiam a liquidez financeira da marca”, afirmou Garcia.
Dívida líquida da Marisa (AMAR3) recua em R$ 87,8 mi
A Marisa (AMAR3) viu sua dívida líquida consolidada diminuir em R$ 87,8 milhões em 2024, atingindo R$ 29,7 milhões ao final do ano. Este resultado positivo foi impulsionado, em parte, por um aporte de capital de aproximadamente R$ 622 milhões realizado pelos acionistas ao longo do ano.
A receita líquida no acumulado de 2024 somou R$ 1,392 bilhão, apresentando uma queda de 15% em comparação com 2023.
Contudo, no quarto trimestre, a companhia registrou um crescimento de 13% na receita líquida, alcançando R$ 468,4 milhões, um reflexo das estratégias de reposicionamento e foco na classe C.
Garcia, CEO da empresa, ressaltou que, apesar dos desafios enfrentados ao longo de 2024, essas dificuldades impulsionaram mudanças estratégicas significativas.
“Redefinimos nosso foco, normalizamos o abastecimento, aprimoramos a comunicação e elevamos a experiência de compra de nossas clientes, fortalecendo nossa operação”, disse.