Após a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2024, o Mercado Livre (MELI34) viu suas ações despencarem nesta quinta-feira (7) na Nasdaq. Os papéis da companhia chegaram a ser negociados a US$ 1.760, fazendo o valor de mercado da empresa cair para pouco mais de US$ 89 bilhões — uma contração de US$ 17,8 bilhões em relação ao fechamento de quarta-feira (6).
Por volta das 12h, as ações do Mercado Livre estavam em queda de 14,5%, negociadas a US$ 1,8 mil. Na véspera, após o fechamento do pregão, os papéis chegaram a cair 10% no pós-mercado (after-market) devido aos resultados divulgados.
No Brasil, as ações da companhia também seguiram o ritmo negativo. Por volta das 14h29 (horário de Brasília), os papéis caiam 6,10%, a R$ 84,51.
O Magazine Luiza (MGLU3), concorrente direto do Mercado Livre no comércio eletrônico, publica também nesta quinta-feira (7) seu balanço do terceiro trimestre de 2024.
O Mercado Livre teve crescimento nas vendas entre julho e setembro e um leve avanço na receita líquida, embora os números tenham ficado abaixo das expectativas do mercado. O lucro líquido da companhia foi de US$ 397 milhões, abaixo dos US$ 540 milhões projetados pelo consenso de mercado.
Na véspera, a empresa comentou sobre o impacto das variações cambiais em seus maiores mercados e mencionou que o aumento de investimentos, especialmente no Brasil com a abertura de novos centros de distribuição, pesou nas despesas. As informações são do “Valor”.
Mercado Livre (MELI34) pretende investir R$ 23 bi no Brasil em 2024
O Mercado Livre (MELI34) pretende investir R$ 23 bilhões no Brasil em 2024, um incremento de 21% em comparação ao que foi investido no ano anterior e mais que o dobro do que foi desembolsado em 2021. A declaração foi dada por Fernando Yunes, vice-presidente sênior e principal executivo no país.
O foco central da empresa será a área de logística, segmento que concorrentes como Shopee e Amazon também vêm investindo mais ao longo dos últimos anos. No montante de R$ 23 bilhões, está incluída a abertura de um centro de distribuição em Pernambuco, para ampliar a estrutura na região Nordeste.
Estados do Centro-Oeste e Sul do país são regiões que podem ser contempladas com novas centrais, a depender das negociações. Se isso avançar, o total de centrais no país passará de 10 para 13 em 2024.
O Brasil é 53% da receita líquida anual do Mercado Livre (MELI34) e a operação recebe o maior volume de investimento global do grupo, sediado no Uruguai.