China

Minério de ferro pesa sobre Vale (VALE3), que despenca

A Vale anunciou nesta quarta-feira avanços em sua estratégia de descarbonização e redução do uso de recursos naturais

Vale (VALE3) entra em alerta com guerra comercial; entenda
Foto: Vale/Divulgação

As ações da Vale (VALE3) fecharam em queda nesta quarta-feira (25), acompanhando o recuo do minério de ferro nas bolsas asiáticas. Perto do encerramento do pregão, os papéis recuavam 0,20%, cotados a R$ 50,44. Durante o dia, chegaram a tocar a mínima de 1,62%. A ação encerrou a sessão com leve queda de 0,12%, a R$ 50,48.

O contrato da commodity caiu 0,43% na bolsa de Dalian, na China. O movimento reflete sinais de menor demanda e maior cautela no mercado internacional. Com isso, o desempenho do setor de mineração e siderurgia voltou a ser pressionado na Bolsa brasileira.

A pressão se estendeu a outras mineradoras e siderúrgicas, que figuraram entre as principais baixas do dia no Ibovespa (IBOV).

Avanços da Vale (VALE3) na descarbonização

Apesar da pressão de curto prazo, segundo o Money Times, a Vale anunciou nesta quarta-feira avanços em sua estratégia de descarbonização e redução do uso de recursos naturais nas operações de minério de ferro.

De acordo com os executivos, o objetivo é eliminar totalmente o uso de água no processamento das minas de Carajás até 2027 — o maior complexo de mineração a céu aberto do mundo.

IGP – 10 desacelera para 0,04% em março com desvalorização do minério de ferro 

IGP – 10 (Índice Geral de Preços – 10) desacelerou o crescimento em março para 0,04%. O resultado foi puxado pelo recuo de matérias primas brutas como minério de ferro. Após avançar 0,87% em fevereiro, o resultado veio abaixo das expectativas do mercado. Os dados foram divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta terça-feira (18).

Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,44% no primeiro trimestre de 2025 e crescimento de 8,59% no acumulado de 12 meses. Em março do ano passado, o IGP-10 tinha caído 0,17% no mês e apresentava queda de 4,05% em 12 meses.

Segundo justificativa do economista da FGV, Matheus Dias, os preços ao produtor foram afetados pela incerteza causada pela guerra comercial. “. No âmbito do INCC, quase todos os grupos desaceleraram, com exceção de Materiais e Equipamentos, que registrou alta de 0,52%, impulsionada pelo aumento nos preços de Materiais para Instalação “, acrescentou.