Classificação de risco

Moody’s eleva notas da Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e mais; veja

As revisões acontecem como consequência da elevação da nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1 pela agência

Petrobras
Foto: Agência Petrobras/Geraldo Falcão

A agência de classificação de risco Moody’s elevou, na quarta-feira (2), a perspectiva dos ratings da Petrobras (PETR4) de neutro para positiva e reafirmou a nota de crédito em “Ba1” da companhia.

A agência também elevou as notas de crédito da Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4) e Ambev (ABEV3) de “Baa3” para “Baa2”. A perspectiva da nota de Gerdau subiu, de estável para positiva, enquanto as de Vale e Ambev foram mantidas em positiva.

A classificação de Suzano (SUZB3) foi mantida em “Baa3” e com perspectiva positiva. Já a perspectiva da nota de crédito da Prio (PRIO3) cresceu para “Ba3” e foi de estável para positiva, devido à aquisição recente da participação de 40% no Campo de Peregrino.

As revisões acontecem como consequência da elevação da nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1 – apenas uma nota de conquistar o grau de investimento.

Segundo os analistas, as companhias em questão e beneficiam diretamente do ambiente de melhoria material na qualidade de crédito do Brasil e a perspectiva de crescimento maior do que o esperado da economia do país.

Moody’s: grau de investimento pode vir com ajuste fiscal neste governo

A vice-presidente para risco soberano da Moody’s, Samar Maziad, disse em entrevista à Folha de S. Paulo que o grau de investimento pode chegar ao Brasil ainda no governo atual, caso haja um ajuste fiscal nos gastos obrigatórios.

A agência melhorou a classificação de risco do país, elevando a nota de crédito de Ba2 para Ba1 – apenas uma nota de conquistar o grau de investimento.

Segundo a vice-presidente da Moody’s, o horizonte de perspectiva analisado para revisão de nota é de 12 a 18 meses. Assim, se houver manutenção de medidas de contenção de gastos, é possível que a perspectiva se mantenha positiva.

Samar demonstrou otimismo em relação à trajetória da dívida pública e metas fiscais, citando o aumento de receita previsto para este e o próximo ano, que, somado aos cortes anunciados, são compatíveis com o orçamento apresentado e o alvo para o resultado primário.

Na contramão do mercado, que estima piora no déficit, a vice-presidente entende que o governo deve entregar saldo primário semelhante ao deste ano.

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