Demanda fraca

Movida (MOVI3) capta US$ 500 mi com emissão de bônus no exterior 

A demanda da Movida (MOVI3) pode ser considerada “fraca” em relação a suas operações recentes, por só chegar a US$ 900 milhões.

Foto: Divulgação
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A Movida (MOVI3) captou US$ 500 milhões nesta quinta-feira (4) com uma emissão de bônus no exterior com taxa de 8,125% e vencimento de cinco anos.

A demanda da Movida (MOVI3) pode ser considerada “fraca” em relação a suas operações recentes, por só chegar a US$ 900 milhões.

A título de comparação, a antiga Votorantim Metais, atual Nexa Resources, emitiu US$ 600 milhões na véspera e teve uma demanda seis vezes maior que a oferta.

A locadora esperava entre US$ 500 milhões e US$ 750 milhões com prazo de cinco a sete anos.

Ela deve usar os recursos para pagar dívidas no mercado nacional e para “fins corporativos gerais”, incluindo investimentos, conforme antecipado pelo “Valor”.

Na operação atual, o Goldman Sachs, Bradesco BBI (BBDC4), BTG Pactual (BPAC11), Itaú BBA (ITUB4), Citi, MUFG, UBS, XP e Santander (SANB11) estão envolvidos.

Bradesco (BBDC4) tem perspectiva positiva para a Movida (MOVI3)

Movida (MOVI3) reverteu seu prejuízo ajustado de R$ 104,5 milhões no quarto trimestre de 2023. Após o resultado, o Bradesco (BBDC4) realizou uma pesquisa com a finalidade de entender quando a empresa tornaria a lucrar, e as estimativas foram muito positivas.

A pesquisa do Bradesco (BBDC4) estima que a companhia deve lucrar R$ 223 milhões em 2024. O valor foi revisado, contudo, para baixo em comparação com as projeções anteriores.

Essa redução ocorreu por conta do aumento de despesas de depreciação da frota da organização, que é 35% composta por veículos com depreciação mais elevada.

O banco espera uma queda de 8% a 9% da taxa média, em comparação com os 10,3% registrados no terceiro trimestre de 2023. O movimento é consequência da deterioração de R$ 391 milhões observada nos últimos três meses de 2023.

Entretanto, é esperado em meados de 2024 que o setor tenha um desempenho melhor. O Bradesco espera um ponto de virada para papéis de aluguel de carros, impulsionada por taxas de juros mais baixas. Com a Selic no seu nível mais baixo, seria possível aguardar que as despesas financeiras fossem menores e os preços dos automóveis crescessem.

No momento, a companhia negocia a 13 vezes o P/L (preço sobre lucro) para o fim deste ano, se aproximando da média histórica. Segundo o “InfoMoney”, para o banco, o cálculo é ainda mais promissor, com desconto de 34% em comparação com a média histórica.