Entrando em telecomunicações

Nubank (ROXO34): novidade é uma ‘ameaça real’, diz XP

A entrada do Nubank no segmento de telecomunicações passou despercebida “devido à ausência de casos de sucesso de novos entrantes no Brasil”, disse a XP.

Foto Publicidade Nubank
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Em novo relatório sobre o Nubank (ROXO34), analistas da XP apontaram que a entrada da empresa no segmento de telecomunicações é vista como “uma ameaça real”.

“Após um breve período de calmaria no mercado de telecomunicações, vemos uma ameaça com a esperada entrada do Nubank como operadora móvel virtual no segundo semestre de 2024”, disseram os especialistas, de acordo com a “Suno”.

“Este movimento pode ter passado despercebido devido à ausência de casos de sucesso de novos entrantes no Brasil”, acrescentaram.

Segundo a casa, os principais desafios serão as limitações competitivas em relação aos preços e na capacidade de manter os custos baixos de aquisição de serviços.

O tema veio à tona, pois a fintech obteve a aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para se tornar uma MVNO (operadora móvel virtual) utilizando a infraestrutura da Claro. Isso significa uma possível entrada da empresa no ramo.

Até o momento, não foram divulgados muitos detalhes sobre os planos da empresa, mas a aprovação da Anatel aponta que a companhia pretende entrar no setor.

A XP considera que o “racional estratégico” para a entrada do Nubank nesse mercado segue em linha com a estratégia do Nubank de “replicar suas competências em novos mercados”.

Nubank (ROXO34) vai causar dificuldades para os players do setor

A ameaça do Nubank (ROXO34), conforme a XP, é pelo fato da instituição ser um forte competidor e causar dificuldades para os players atuais no segmento de telecomunicações.

“Com uma participação de mercado de cerca de 22% no mercado de recarga pré-paga no Brasil, o Nubank desafiou a lógica convencional e, na nossa opinião, possui elementos-chave para o sucesso. Apesar dos riscos associados à execução e à falta de visibilidade do plano, consideramos possível que este risco afete a TIM (TIMS3) e a Vivo (VIVT3)“, disse a XP em relatório.

“Para o Nubank, o potencial sucesso neste mercado, para além do seu core business, poderia reforçar a disposição dos investidores em atribuir um valor ainda maior aos elementos intangíveis, bem como confirmar sua capacidade de disrupção em novos negócios com potencial significativo de receita”, completou.