Os papéis do Nubank (ROXO34) acumulam alta de 58,5% em 2024, alcançando uma capitalização de mercado de US$ 63,3 bilhões. A força vem após ter superado o Itaú (ITUB4) nas últimas semanas. Recentemente, o Nubank superou outras gigantes globais, como o Bank of Montreal e o PayPal.
Conforme o ranking do site Companies Market Cap, o Nubank (ROXO34) ocupa o 47º lugar entre as maiores empresas do mundo no setor financeiro, próximo de superar nomes como a London Stock Exchange e o banco italiano Unicredit.
No topo da lista está o JPMorgan (JPMC34), com um valor de mercado de US$ 596,7 bilhões, ou seja, quase dez vezes a capitalização do Nubank.
Apesar do bom desempenho do Nubank em 2024, o Goldman Sachs divulgou nesta quinta-feira (11) um relatório sinalizando que o banco pode ser afetado pela depreciação do real. Mesmo o Brasil sendo responsável por uma grande parcela do faturamento, o Nubank divulga resultados em dólar.
Os analistas do Goldman reduziram suas estimativas para o lucro do Nubank este ano em 7%, para US$ 1,9 bilhão.
“No curto prazo, a desvalorização da moeda local pode representar um risco para as nossas estimativas em dólares. Embora não pensemos que isto deva levantar preocupações sobre as tendências operacionais do Nubank, ainda poderá levar a revisões das projeções de lucro em dólar”, disseram eles, de acordo com o “Valor”.
Nubank (ROXO34) merece o benefício da dúvida, diz BB Investimentos
O BB Investimentos começou a cobertura do Nubank (ROXO34) com um preço-alvo de US$ 15,60 para a ação listada em Nova York e de R$ 13,30 para o recibo de ação (BDR) negociado na B3 até o final de 2025. A recomendação é de compra, caracterizada como de alto risco.
Em um relatório assinado pelo analista Rafael Reis, o banco destaca que a tese de investimento no Nubank se baseia em três pontos principais: seu modelo de negócios de baixo custo e totalmente digital, que está transformando a prestação de serviços financeiros em grande escala; a rápida penetração entre os clientes, capaz de rentabilizar o crescimento em um curto prazo; e a possibilidade de expansão do modelo para outros países.
O relatório também observa questões como inadimplência e as complexidades do mercado de cartões de crédito.