Emissão de ações

Oi (OIBR3): conselho aprova aumento bilionário de capital 

O aumento de capital da Oi (OIBR3) ocorrerá por meio da emissão de 264 milhões de novas ações, com preço de R$ 5,26 cada

Oi
Oi / Foto: Reprodução

A Oi (OIBR3), que está em recuperação judicial, informou ao mercado nesta quarta-feira (21) que seu Conselho de Administração aprovou um aumento de capital no valor de R$ 1,39 bilhão.

O aumento de capital da Oi (OIBR3) ocorrerá por meio da emissão de 264 milhões de novas ações, com preço de R$ 5,26 cada.

Segundo a companhia, o montante total será integralizado através da capitalização de parte do saldo remanescente dos créditos detidos por credores quirografários — sem garantia real — que escolheram a opção de restrição I, conforme previsto no plano de recuperação judicial da empresa.

“O aumento de capital endereça um dos principais objetivos do plano, na medida em que auxilia a promover o fortalecimento da estrutura de capital da companhia, contribuindo para a equalização de seu passivo e superação da atual crise econômico-financeira do Grupo Oi”, disse a companhia, de acordo com o “Suno”.

Oi (OIBR3) reverte prejuízo e tem lucro líquido de R$ 15 bi no 2T24

Oi (OIBR3), operadora que se encontra em processo de recuperação judicial, registrou um lucro líquido de R$ 15 bilhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), revertendo o prejuízo de R$ 845 milhões no mesmo período de 2023.

Essa virada se deve à aprovação do plano de recuperação judicial da empresa em abril, que reduziu a dívida da operadora em aproximadamente 70% por meio de descontos, parcelamento e conversão de dívidas em ações.

Esse movimento resultou em um ganho contábil de R$ 14,7 bilhões, sem impacto direto no caixa da empresa. Esse valor foi registrado na linha do resultado financeiro, que reflete o saldo entre receitas com aplicações financeiras e despesas com empréstimos, e ficou positivo em R$ 15,6 bilhões.

Dados que apresentam os desafios da Oi

Por outro lado, os demais indicadores financeiros e operacionais ainda revelam uma realidade mais desafiadora para a companhia.

Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) do segundo trimestre apresentou um resultado negativo de R$ 318 milhões, revertendo o saldo positivo de R$ 42 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.

O Ebitda ajustado (‘de rotina’), que exclui itens não recorrentes, registrou um saldo negativo de R$ 83 milhões, em contraste com o valor positivo de R$ 133 milhões observado no mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi impactado negativamente por um acordo de não litígio com a V.tal, que gerou um efeito de R$ 234 milhões.