A gestora Centaurus Capital adquiriu 15,79% das ações da Oncoclínicas (ONCO3) em operação conjunta com o Goldman Sachs, tornando-se a principal acionista da empresa, com 31,83% do capital. O banco norte-americano desinvestiu sua participação na companhia vendendo um total de 102.914.808 ações ordinárias.
As representantes da Centaurus informaram que a aquisição reflete exclusivamente uma estratégia de investimento e que não tem intenção de mudar a estrutura de controle da empresa. Segundo o site da Oncoclinicas, seus principais investidores são o Master (19,9%), Latache (10,19%) e o fundador Bruno Ferrari com 8,41%.
As movimentações da gestora alertaram acionistas minoritários que pediram na semana passada, uma OPA (Oferta Pública de Aquisição). Em resposta, a empresa divulgou que não identificou nada que levasse à conclusão de que a Centauros precisaria abrir uma OPA.
As ações da Oncoclínicas estão entre as maiores altas da bolsa brasileira em 2025 e acumula valorização de 137%. A valorização foi referente ao aumento da participação do fundo Latache Capital.
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Oncoclínica permanece em silêncio
A Centauros foi fundada por John Arnold, ex-trader que enriqueceu operando gás natural no mercado americano. Atualmente, o principal nome pelo sucesso da gestora é Allen Gibson, que é CIO (Diretora de Informação) da companhia. A executiva faz parte do conselho da Oncoclínicas desde 2021.
Procurada pela reportagem do portal NeoFeed, a Oncoclínicas informou que não irá comentar sobre o fato. Contudo, reiterou seu compromisso com a transparência e afirmou que vai divulgar informações relevantes ao mercado assim que possível.
Antes da reestruturação, a composição acionária da Oncoclínicas mostrava que o Goldman Sachs detinha pouco mais de 36% do capital da empresa. Por outro lado, a Centaurus, que já era acionista da empresa há quase uma década por meio de uma participação indireta é representada dentro da fatia do Goldman, assumiu diretamente 16% do negócio.
