Reverte perda de R$ 23,8 mi

Pague Menos (PGMN3) sai do vermelho e registra lucro de R$ 40,9 mi

O lucro líquido ajustado atingiu R$ 53,9 milhões no último trimestre

Foto: Divulgação
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A Pague Menos (PGMN3) registrou um lucro de R$ 40,9 milhões atribuído aos controladores no terceiro trimestre deste ano, revertendo a perda de R$ 23,8 milhões observada no mesmo período de 2023.

O lucro líquido ajustado — que considera eventos não recorrentes, como a baixa de ativos, juros sobre parcelas de pagamento e despesas relacionadas à aquisição da Extrafarma — atingiu R$ 53,9 milhões no último trimestre, revertendo o prejuízo ajustado de R$ 400 mil no terceiro trimestre do ano passado.

De acordo com o CEO da Pague Menos, Jonas Marques, 90% das sinergias estimadas com a compra da Extrafarma, totalizando R$ 260 milhões, já foram alcançadas até o final do terceiro trimestre. 

A integração completa está prevista para ser finalizada em dezembro. Até setembro, a conversão de 111 lojas da Extrafarma foi realizada, com operações mantidas em Amapá, Pará, Maranhão e Ceará.

“Houve muito questionamento se poderíamos crescer por via inorgânica, e provamos que a Pague Menos pode virar uma consolidadora de mercado”, afirmou, ao Valor, o executivo, que completa um ano à frente da companhia no próximo mês.

Expansão focada no crescimento orgânico para 2025

Em 2025, a Pague Menos planeja priorizar a expansão orgânica, com o objetivo de abrir mais lojas do que a soma das inaugurações realizadas em 2024 e 2023, segundo o CEO Jonas Marques. 

Ao fim do terceiro trimestre, a rede contava com 1.649 unidades, após quatro fechamentos, dois da própria bandeira Pague Menos e dois da Extrafarma. Não há previsão de novas aberturas até o final de 2024, já que a estratégia atual é reduzir o endividamento.

A alavancagem da empresa, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, foi de 2,2 vezes no terceiro trimestre, e a expectativa é finalizar o ano abaixo de duas vezes. Em termos financeiros, a Pague Menos registrou receita líquida de R$ 3,27 bilhões, um crescimento de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

A receita bruta também subiu 13,9%, alcançando R$ 3,51 bilhões. Esse aumento é atribuído ao crescimento de 13,6% nas vendas em mesmas lojas (SSS), um aumento de 6% no tíquete médio e um volume maior de atendimentos.

Redução de despesas e avanço na gestão

As despesas financeiras da Pague Menos apresentaram uma redução significativa de 31,4% em comparação ao ano anterior, totalizando R$ 82,7 milhões.

Segundo o CEO Jonas Marques, essa diminuição é resultado de uma série de ações estratégicas, como campanhas promocionais, renegociação de prazos com fornecedores e devolução de produtos para as indústrias.

Essas medidas reduziram o tempo médio de estoque de 114 para 103 dias, o que gerou uma economia de cerca de R$ 300 milhões em despesas. “Esse ajuste é expressivo, especialmente em um cenário de juros elevados,” comenta Marques. A estratégia também impulsionou o fluxo de caixa livre, que atingiu R$ 130 milhões no trimestre.

O Ebitda ajustado consolidado registrou alta de 32,6%, alcançando R$ 190,7 milhões, com uma margem Ebitda ajustada de 5,4%, representando um aumento de 0,7 ponto percentual.