Goldman Sachs recomenda compra

Petrobras (PETR4) perde R$ 55 bilhões em valor desde saída de Prates

A sessão desta sexta-feira foi encerrada com a estatal valendo R$ 492,6 bilhões.

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Foto: Arquivo/Agência Brasil

A Petrobras (PETR4) passou por uma semana bem conturbada, com o mercado repercutindo a saída inesperada de Jean Paul Prates da presidência da estatal na quarta-feira (14).

Após o acontecimento, a Petrobras (PETR4) viu suas ações se deteriorarem. Na semana, as ações da Petrobras sob o ticker PETR3 já acumulam perdas de 12,60%, enquanto as sob o ticker PETR4 têm baixa de 11,76%. Nos três pregões após a demissão, a companhia já perdeu R$ 55,8 bilhões em valor de mercado.

A sessão desta sexta-feira foi encerrada com a estatal valendo R$ 492,6 bilhões.

Os investidores mostraram-se descontentes com a saída repentina, que sinalizou uma certeza de que há interferência política na gestão da petroleira. Além disso, há muitas dúvidas sobre Magda Chambriard, a indicada para assumir o cargo.

Nesta semana, o Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para as ações da petroleira. Contudo, a instituição reforçou que a mudança levanta questões sobre a influência política na gestão da companhia.

“A melhoria da governança tornaria difícil para uma nova gestão alterar significativamente a alocação de capital e as políticas de preços dos combustíveis, pelo menos num futuro próximo. Por outro lado, acreditamos que será importante que os investidores monitorem se algum aspecto da atual governança em vigor poderá ser alterado após o recente anúncio”, disse o banco.

Petrobras (PETR4) demite 30 funcionários ligados à Prates 

Em mais um capítulo após a saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras (PETR4), cerca de 30 funcionários de confiança foram rapidamente desligados, surpreendendo o mercado pela velocidade incomum dessas ações.

Internamente, atribui-se essa diretiva ao Ministério de Minas e Energia (MME), embora o MME tenha afirmado não ter influenciado as demissões. 

A onda de demissões na Petrobras (PETR4) começou com o diretor financeiro Sérgio Caetano Leite e o gerente executivo de Relações Institucionais João Paulo Madruga, mas rapidamente se estendeu para incluir funcionários dessa mesma gerência e assessores diretos de Prates.