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Petrobras (PETR4): acordo com chinesa prevê transição energética

Parceria de dois anos também possibilita acordos para exploração de petróleo, desenvolvimento de fertilizantes, construção e pesquisa

Petrobras (PETR4)
Petrobras (PETR4) / Foto: reprodução/Tânia Rêgo

A Petrobras (PETR4) firmou, na quarta-feira (18), uma parceria com a empresa CNCEC (China National Chemical Energy Company) que prevê a avaliação de potenciais acordos comerciais em diversas áreas, com destaque para transição energética.

O contrato também possibilita acordos nas áreas de: Exploração de petróleo, Produção de fertilizantes a partir de gás natural e outras fontes; Desenvolvimento da produção, refino, biorrefino e petroquímica; Engenharia, construção e serviços; e Pesquisa, desenvolvimento e inovação.

O acordo terá duração de dois anos e será imediatamente ativado com a análise conjunta de ativos de fertilizantes e petroquímica, afirma a estatal, em comunicado.

Petrobras (PETR4) vê riscos em projetos de transição energética

A Petrobras (PETR4) afirmou que pode haver riscos ligados aos projetos de transição energética, incluindo impacto na taxa de retorno do portfólio da empresa.

“Podemos decidir investir em novos projetos de transição energética que estão além do nosso escopo atual de experiência e expertise”, manifestou a Petrobras (PETR4) no formulário 20-F, na quinta-feira (11), à SEC (órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários brasileira). As informações são do “Valor”.

A estatal quer investir em eólicas marinhas (offshore), com armazenamento e captura de carbono. Além disso, a companhia também tem interesse em produzir hidrogênio verde (que trata com energias renováveis para a produção).

A petroleira pontuou que pretende adquirir projetos eólicos terrestres (onshore) e usinas solares fotovoltaicas.

A Petrobras já desenvolveu — em pequena escala — diesel verde (coprocessado nas refinarias, juntamente ao diesel tradicional).

Transição energética garantirá demanda firme, diz CEO da AES

A demanda por energia no Brasil está garantida, mas o cenário para a oferta não é tranquilo, segundo apontou nesta sexta-feira (12) o CEO da AES Brasil, Rogério Jorge, em participação no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia promovido pela Forbes Brasil.

As maiores dificuldades, aponta, está na instalação de geradores eólicos, especialmente em terra (onshore), o que pode travar o processo de transição energética.

O presidente da AES destaca que a demanda por energia de fontes renováveis será crescente. O fornecimento de eletricidade no Brasil é majoritariamente renovável, com 61,9% de geração hidrelétrica. Mesmo sendo dominante e confiável, essa fonte não será suficiente no longo prazo.

A saída sustentável é a geração eólica e solar. Porém, isso está menos garantido. “No nicho de energia eólica há uma dificuldade da cadeia produtiva, com poucos lugares no Brasil que possuem condições adequadas para a instalação das torres”, diz Jorge. “O ambiente regulatório tem de ser modernizado.”

Segundo Jorge, 100% da energia gerada pela AES é renovável. Após a pandemia, a demanda e a oferta vêm crescendo 4% ao ano, daí a necessidade de investir em novas fontes.

Isso inclui o desenvolvimento do chamado hidrogênio verde, que permite a produção da amônia, um componente importante dos fertilizantes. “Atualmente, o agronegócio usa principalmente produtos importados”, diz ele.

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