Transação tributária

Petrobras (PETR4): acordo com União deve ser de R$ 20 bi

A adesão deve encerrar a disputa que envolve processos administrativos e judiciais que somam R$ 55,234 bilhões.

Petrobras
Petrobras (PETR3; PETR4) / Foto: Agência Brasil

A transação tributária referente aos contratos de afretamento (espécie de aluguel) de plataformas de petróleo da negociação entre a União e a Petrobras (PETR4) deve envolver o pagamento de um montante de R$ 20 bilhões.

A adesão deve encerrar a disputa entre a Petrobras (PETR4) e autoridades, que envolve processos administrativos e judiciais que acumulam um montante de R$ 55,234 bilhões.

A PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e a Receita Federal colocaram o edital que permite a transação em consulta pública sobre a incidência ou não de IRRF, da Cide, do PIS e da Cofins sobre remessas ao exterior, que são consequência da bipartição do negócio em um contrato de afretamento de plataformas ou embarcações.

O processo é uma espécie de acordo que encerra disputa administrativa ou judicial.

Além disso, há um acordo entre o governo e a atual diretoria da estatal para a petroleira conseguir aderir à transação, na opção de pagamento que possibilita desconto de 60% sobre o total do débito.

O restante do valor deve ser pago com entrada de, no mínimo, 30%, ao passo que o saldo remanescente deve ser pago em seis parcelas mensais.

O edital possibilitará um desconto de 35% sobre o montante total do débito. Com isso, o restante poderá ser pago com uma entrada mínima de 10% e o saldo remanescente, em até 24 parcelas mensais, conforme antecipado pelo “Valor”.

A minuta também estabelece que a transação poderá permitir a utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativo da CSLL, até o limite de 10% do saldo restante após incidência do desconto inicial.

É esperado que o edital seja publicado ainda em abril, para que as organizações possam solicitar a adesão.

Proposta para cordo entre Petrobras (PETR4) e União deve ser apresentada ao presidente Lula

O tema seria levado até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na reunião desta segunda-feira (8), no Palácio do Planalto, às 18h.

Em suas demonstrações financeiras, a Petrobras (PETR4) avaliou os processos referentes aos contratos de afretamento como “perda possível”, pois entende que há manifestações favoráveis à petroleira nos tribunais superiores.

“A companhia ratifica a classificação [do IRRF] da perda como possível em virtude de haver manifestações favoráveis ao entendimento da companhia nos Tribunais Superiores e buscará assegurar a defesa de seus direitos”, diz trecho das demonstrações do exercício do quarto trimestre de 2023.

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