O Conselho de Administração da Petrobras (PETR4) decidiu, por maioria, rejeitar os pedidos de acionistas minoritários para a convocação de uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária). As informações foram divulgadas pela estatal nesta sexta-feira (7).
“A Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 31 de maio de 2024, informa que seu conselho de administração, em reunião realizada hoje, decidiu por maioria não acolher os pedidos de acionistas para convocação de Assembleia Geral Extraordinária”, disse a Petrobras (PETR4), de acordo com o “InfoMoney”.
Segundo a companhia, o conselho considerou que não foram atendidos requisitos previstos na Lei de Sociedades Anônimas, que prevê que, para convocação de uma assembleia geral, é preciso que a solicitação seja feita “por acionistas que representem, no mínimo, cinco por cento do capital social, quando os administradores não atenderem, no prazo de oito dias, a pedido de convocação que apresentarem, devidamente fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas”.
Troca de comando da Petrobras (PETR4): como ficam os dividendos?
A demissão de Jean Paul Prates da Petrobras (PETR4) foi anunciada, causando alvoroço no mercado. Embora aliados do governo tenham minimizado a decisão e afirmado que não foi uma surpresa, a saída de Prates trouxe incertezas, principalmente em relação à política de distribuição de dividendos.
De acordo com Gabriel Redivo, sócio e diretor de gestão da Aware, a chegada de Magda Chambriard na presidência da empresa carrega o risco de uma possível expansão de investimentos em projetos menos atrativos e de suspensão dos pagamentos.
Segundo o sócio da Aware, com base nas declarações do governo e no histórico de mandatos anteriores, há uma alta probabilidade de que haja mudanças na política de distribuição de dividendos no futuro.
“Vale ressaltar que a Petrobras tem um dos maiores CAPEX entre as empresas listadas em bolsa, sendo recordista mundial em substituição de CEOs em um curto espaço de tempo, tendo ocorrido 8 mudanças de CEO desde o governo Temer. Isso, sem dúvida, afeta a confiança dos investidores e a governança da empresa”, destacou Redivo.
Para Fabio Murad, sócio da Ipê Investimentos, a mudança na liderança da companhia é sinônimo de instabilidade para os investidores.