As ações da Petrobras (PETR4) caíram mais de 2% no início do pregão desta sexta-feira (9), após a empresa divulgar um prejuízo líquido de R$ 2,1 bilhões no segundo trimestre de 2024. O dado reverte o lucro líquido de R$ 28,8 bilhões registrado em 2023.
O resultado do segundo trimestre deste ano foi o primeiro prejuízo registrado pela Petrobras (PETR4) desde a pandemia de Covid-19.
Por volta das 10h45 (horário de Brasília), o Ibovespa avançava 0,35%, aos 129.117 pontos, enquanto as ações ordinárias da estatal (PETR3) caíam 2,82%, a R$ 38,58.
Segundo analistas, os resultados financeiros da empresa vieram em linha com o esperado pelo mercado, mas os profissionais apontam para o pagamento de dividendos. Na avaliação dos analistas do banco Jefferies, a alteração na nova meta de investimentos pode afetar pagamentos futuros. Mesmo assim, a companhia manteve uma geração de caixa robusta, o que auxiliou na manutenção dos dividendos estáveis em relação ao primeiro trimestre, conforme afirmaram os especialistas ouvidos pelo “Valor”.
Além disso, a petroleira divulgou a distribuição de R$ 13,5 bilhões em dividendos aos acionistas, com parte do montante proveniente da reserva de capital criada em 2023.
Petrobras (PETR3) adquire R$ 5,6 bi em ações em programa de recompra
A Petrobras (PETR3; PETR4) informou ao mercado na manhã desta segunda-feira (5) que concluiu seu programa de recompra de ações iniciado há um ano.
Ao longo dos últimos 12 meses, a empresa adquiriu 155,5 milhões de ações preferenciais, correspondendo a 3,5% do total em circulação.
De acordo com a empresa, foram devolvidos R$ 5,6 bilhões aos acionistas por meio do programa de recompra.
O cancelamento das ações em tesouraria será realizado futuramente, conforme decisão do conselho de administração.
‘Novo capitão, mesmo navio, mesmos ventos’, vê UBS BB sobre estatal
Apesar das recentes mudanças na gestão, as perspectivas para a Petrobras (PETR3; PETR4) continuam positivas, com expectativas de robustos rendimentos de dividendos.
Esta avaliação foi destacada pelo UBS BB em um relatório divulgado nesta quinta-feira (1), após uma reunião com a nova CEO, Magda Chambriard, o CFO, Fernando Melgarejo, e outros executivos da empresa.
A percepção é de que a estatal de petróleo teria um novo capitão, mas o “mesmo navio e mesmos ventos”.