Prates esclarece

Petrobras (PETR4): dividendos voltarão para acionistas, diz Prates

"Não pode pagar dívida ou investir […]. Isso é lucro, portanto dividendo", disse Prates sobre proventos da Petrobras (PETR4).

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, esclareceu aos analistas, na noite desta sexta-feira (8), que os dividendos extraordinários 100% retidos em 2023 não serão utilizados para pagar dívidas ou para investimentos, conforme havia sido divulgado pela “Reuters”.

A publicação apontava que a decisão havia sido do presidente Lula (PT), com o objetivo de que a empresa destinasse os proventos para investimentos.

Prates acrescentou que não notou nenhum tipo de pressão do governo contra os dividendos da Petrobras (PETR4). Para ele, a decisão do Conselho Administrativo da estatal foi questão de “timing”.

“O Conselho, creio, que foi uma questão de timing, o dividendo é para distribuição de qualquer forma. Não pode pagar dívida ou investir, como falsas notícias que andam por aí. Isso é lucro, portanto dividendo. Clarificando isso, todo esse susto aí desaparece, porque sabe-se que essa reserva é dividendo e uma hora volta”, explicou Prates, de acordo com o “Suno”.

Ainda nesta sexta-feira, Sergio Caetano Leite, diretor financeiro da petroleira, declarou que a decisão do Conselho foi em busca de um balanço robusto.

Petrobras (PETR4): Prates descarta “renacionalização” dos ativos

A “renacionalização” dos ativos “não faz parte do nosso vocabulário”, disse Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (PETR4). O executivo falava sobre a possibilidade de retorno a ativos desvinculados pela estatal, a exemplo da refinaria de Mataripe. 

Em teleconferência com analistas sobre os números da Petrobras, Prates disse que “não estamos aqui para ‘reestatizar’ e nem para privatizar, olhamos ativos para ver se faz sentido na estratégia”. As informações são do Valor Econômico. 

Em paralelo, Sergio Caetano Leite, diretor financeiro e de relações com investidores, disse não ver necessidade de procurar alavancagem adicional para seguir com fusões e aquisições, como parte do plano de investimentos, de acordo com o portal de notícias.

“Manutenção de nível de alavancagem é quase um mantra para nós”, salientou Leite.

A dívida bruta da Petrobras fechou o ano em R$ 62,6 bilhões, o que já era esperado pela companhia, com valores entre US$ 55 bilhões e US$ 65 bilhões.