A Petrobras (PETR4) e a Ecopetrol, da Colômbia, anunciaram a maior descoberta de gás já registrada no país, com a perfuração do poço Sirius-2. A descoberta confirmou a presença de volumes de gás superiores a 6 trilhões de pés cúbicos (Tcf).
O consórcio formado pelas duas empresas planeja investir US$ 1,2 bilhão na fase exploratória e US$ 2,9 bilhões no desenvolvimento da produção, valores que já estão contemplados no plano de negócios da Petrobras até 2029.
Os quatro poços da área devem gerar uma produção diária de cerca de 13 milhões de metros cúbicos de gás ao longo de 10 anos.
De acordo com a Petrobras, essa descoberta pode aumentar em até 200% as reservas de gás da Colômbia.
A perfuração do poço teve início em 19 de junho e está localizado a 77 quilômetros de Santa Marta, no norte do país, em uma profundidade de água de 830 metros.
Próximos da Petrobras (PETR4) passos na produção
A Petrobras espera iniciar a produção de gás natural em três anos, desde que todas as licenças ambientais sejam concedidas e a viabilidade comercial da descoberta seja confirmada até 2027.
O consórcio, com a Petrobras Colômbia como operadora, detendo 44,44% de participação, e a Ecopetrol com 55,56%, dará início à coleta de dados para a construção do gasoduto e o transporte do gás até a unidade de tratamento em terra, além de instalar sistemas de produção no fundo do mar.
Hoje, a Petrobras realizará uma teleconferência com a diretora Sylvia Anjos, responsável pela área de exploração e produção, para detalhar os próximos passos da operação na Colômbia.
Petrobras (PETR4): Federação denuncia ex-presidente
A Fup (Federação Única dos Petroleiros) denunciou o ex-presidente da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, por improbidade administrativa. A organização pediu que a ouvidoria da empresa abrisse uma investigação contra ele. Castello Branco esteve à frente da Petrobras entre 2019 e 2021.
A denúncia foi encaminhada em 12 de novembro.
“Denúncias anônimas recebidas pela Fup indicam que Castello Branco teria realizado obras de melhorias de infraestrutura em propriedade privada com recursos da Petrobras”, afirmou a federação, em nota publicada nesta segunda-feira (25).
“Caso sejam comprovadas as denúncias de irregularidades, que os infratores sejam responsabilizados e os recursos devolvidos imediatamente aos cofres públicos”, diz a nota.
Esta não é a primeira vez que a Fup está denunciando o ex-presidente. Em 2022, a federação já havia denunciado Castello Branco por suspeita de improbidade administrativa, pela atuação o ex-dirigente na 3R Petroleum, empresa com a maior aquisição de ativos da Petrobras.
“As negociações entre a Petrobras e a 3R Petroleum movimentaram cerca de R$ 3 bilhões durante os dois primeiros anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando Castello Branco comandava a empresa”, disse o coordenador-geral da Fup, Deyvid Bacelar, de acordo com o “Estadão Conteúdo”.