As ações da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3) operaram no vermelho na B3 (B3SA3) nesta quarta-feira (23), acompanhando a contração nos preços internacionais das commodities.
Os papéis da Petrobras (PETR4) fecharam com queda de 1,25%, sendo negociados a R$ 35,66. Já as ações da Vale (VALE3) fecharam com desvalorização de 1,75%, a R$ 59,35.
Os preços dos contratos de petróleo sofreram uma contração significativa após um aumento maior que o esperado no volume estocado da commodity nos EUA. Na ICE, o barril de petróleo tipo Brent — referência global — para dezembro fechou com queda de 1,42%, a US$ 74,96.
Os preços de minério de ferro também registraram queda no mercado chinês. Segundo o “Valor”, o contrato para janeiro — o mais negociado — caiu 1,91%, a US$ 104,72 por tonelada.
Petrobras (PETR4) manterá foco em petróleo e gás, afirma diretor
O diretor de Transição Energética da Petrobras (PETR4), Mauricio Tolmasquim, afirmou que, apesar dos investimentos em transição energética, a estatal continuará focada em petróleo e gás.
“A Petrobras vai continuar sendo uma empresa de petróleo e gás, mas, ao mesmo tempo, quer avançar na transição energética, incorporando ao seu portfólio outros produtos, entre eles o elétron renovável”, disse Tolmasquim, de acordo com o Suno.
“A energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis, assim como a molécula renovável, seja o hidrogênio verde, o biocombustível, ou o combustível sintético, como o metanol”, acrescentou o executivo da Petrobras.
Segundo o executivo, no que se refere à participação da empresa no mercado de geração de eletricidade renovável, a estratégia será atuar em parceria com outras organizações.
Vale (VALE3) e estatal firmam acordo com foco em descarbonização
A Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4) anunciaram nesta sexta-feira (18) que fecharam um acordo estratégico para o fornecimento de produtos com foco na competitividade e no avanço da pauta de descarbonização.
O acordo entre as duas companhias é uma evolução dos estudos conjuntos iniciados em setembro de 2023 e estabelece condições para testes e possível comercialização de três produtos estratégicos.
Além disso, as empresas, que estão entre as maiores em valor de mercado no Brasil, explorarão a negociação conjunta de ativos como gás natural, diesel coprocessado com conteúdo renovável e combustível marítimo (bunker) com 24% de conteúdo renovável.