A presidência da Petrobras (PETR4) é uma pauta que tem gerado conflitos nos bastidores do governo desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a presidência do Brasil. Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admitiu as divergências com o CEO da estatal, Jean Paul Prates.
A avaliação de aliados do presidente Lula é que o clima não está agradável para o Prates há meses. As discussões envolvem disputas por investimentos e dividendos da Petrobras (PETR4), além da política de gás.
Silveira tem seguido a linha historicamente estabelecida por Lula de que a Petrobras não pode ter somente o foco em gerar lucros aos acionistas.
Por outro lado, Prates tenta se equilibrar entre as vontades do presidente da República e dos acionistas, com objetivo de turbinar os investimentos na estatal.
A escolha do CEO da Petrobras não passou pelo ministro de Minas e Energia, mas ele detém apoio do Conselho da companhia e possui o apoio do ministro Rui Costa, da Casa Civil.
A disputa se agravou, segundo o “Globo”, por parte de Silveira, pois entende-se que há um conflito entre o seu papel e o do presidente da Petrobras.
Embora Prates permaneça no cargo, a situação levou membros do governo a já levantarem nomes para substituí-lo. Dentre os nomes está Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
Petrobras (PETR4): TCU pede suspensão de contrato com Unigel
A área técnica do TCU (Tribunal de Contas da União) solicitou a interrupção de um contrato celebrado entre a Petrobras (PETR4) e o Grupo Unigel (Proquigel Química) devido a suspeitas de irregularidades graves. Esse contrato foi considerado economicamente desfavorável, com estimativas de perdas de R$ 487,1 milhões em oito meses.
O parecer foi emitido pela unidade de auditoria especializada em petróleo, gás natural e mineração do tribunal e ainda aguarda aprovação do relator do caso, o ministro Benjamin Zymler. Essa suspensão vigorará até que o tribunal decida sobre as questões levantadas.
O contrato em análise foi firmado em 29 de dezembro do ano passado, no valor de R$ 759,2 milhões, com uma vigência de 240 dias, seguindo o modelo “tolling”, que envolve a industrialização por encomenda.