R$ 6 bilhões

Petrobras (PETR4): Goldman Sachs reduz projeção para dividendos

O banco também reduziu o preço-alvo das ações da companhia, diante da queda de 20% dos preços do petróleo desde junho

Petrobras
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O banco Goldman Sachs reduziu a projeção para os dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) referentes ao ano de 2024, diante da queda de 20% dos preços do petróleo desde junho.

O Goldman projeta agora US$ 6 bilhões (R$ 33,9 bilhões), contra estimativa anterior de R$ 7 bilhões (R$ 39,5 bilhões).

O banco também cortou o preço alvo das ações da Petrobras: a PETR3 passou de R$ 53 para R$ 43,40, enquanto a PETR4 foi de R$ 48 para R$ 39,40.

As ações da empresa apresentam queda nas negociações em Bolsa nesta quinta-feira (12), sendo um dos motivos a revisão pelo banco americano. Por volta das 12h40 (horário de Brasília), os papéis PETR4 caíam 0,83%, a R$ 36,98, enquanto as ações PETR3 perdiam 0,98%, a R$ 40,57.

Os analistas do banco consideram a faixa de US$ 70 o barril de petróleo para seus cálculos. Eles citam a fraca demanda da China, a produção mais forte do que o esperado nos EUA e os estoques positivos da OCDE como detratores da cotação da commodity.  

Diante desse cenário, eles escrevem que veem agora “um potencial de alta menor em relação ao projetado anteriormente”.

A recomendação do Goldman para ações continua sendo de compra, no entanto. O relatório diz que a empresa apresenta um spread de 3 pontos percentuais em seu fluxo de caixa livre no ano em comparação com principais pares globais.

“Combinado com potenciais dividendos extraordinários a serem distribuídos nos próximos meses”, a ação é vista como atrativa.   

Os US$ 6 bilhões estimados devem ser pagos em dois momentos, de acordo com os analistas. Um total de US$ 4 bilhões até o final de 2024, e os US$ 2 bilhões remanescentes no primeiro semestre de 2025.

Petróleo: comerciantes globais veem preço entre US$ 60 e US$ 70

As tradings globais de commodities Gunvor e Trafigura veem que os preços do petróleo podem ficar entre US$ 60 e US$ 70 por barril devido à demanda mais lenta na China, além do persistente excesso de oferta global. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (9) por executivos das tradings durante uma conferência.

Os preços do petróleo estão sendo pressionados pelos receios com a redução da demanda nas principais economias, como China e EUA, mesmo com as expectativas anteriores de que a demanda de verão fosse positiva. A queda atual da commodity ocorre após os preços terem chegado a US$ 90 por barril no início de 2024.

O alívio no mercado veio depois que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados) concordou, na semana passada, em adiar um aumento planejado da produção de petróleo para outubro e novembro. Por outro lado, os traders de commodities alertam que esse alívio pode ser bem curto.