A Petrobras (PETR4) anunciou, nesta quinta-feira (29), que a comercialização do seu diesel coprocessado, com 5% de óleo vegetal, será iniciada na primeira semana de março em São Paulo.
A comercialização ocorrerá por meio das RPBC (Refinaria Presidente Bernardes), em Cubatão.
O diesel coprocessado, também conhecido como diesel R, utiliza uma tecnologia que possibilita a produção de combustível fóssil já com percentual renovável. A petroleira afirma que, em comparação com o diesel mineral, a redução de missão do diesel R é de aproximadamente 60%.
A companhia destacou que para o uso do combustível não é preciso fazer qualquer tipo de alteração no motor.
“Esse é mais um passo da Petrobras para aumentar a oferta do diesel com conteúdo renovável e atender ao mercado que busca soluções sustentáveis para a redução de suas emissões”, declaroi Caudio Sholsser, diretor de Comercialização, Logística e Mercados da Petrobras, como foi antecipado pela “Folha de São Paulo”.
Em complementação ao mandato de biocombustíveis do Brasil (que existe para biodiesel) a petroleira tem pleiteado, junto ao Estado, a inclusão do diesel R.
Petrobras (PETR4) perde R$ 30 bi em valor de mercado e segue caindo
As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3 e PETR4) seguem recuando desde o pregão de quarta-feira (28). Acompanhando o ritmo do Ibovespa nesta quinta-feira (29), por volta das 15h05 (horário de Brasília), as ações ON PETR3 desvalorizavam 1,01%, enquanto os papéis PN PETR4 0,67%. Nesse período, cerca de R$ 29,96 bilhões em valor de mercado, de acordo com o Valor Data.
No fechamento anterior, os papéis da Petrobras sentiram o impacto da entrevista concedida pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, à Bloomberg. Na ocassião o executivo disse que a empresa deve ser mais cautelosa em relação à distribuição de dividendos bilionários, enquanto busca se tornar uma potência em energia renovável.
A estatal chegou a afirmar, no fim do dia, que “não há qualquer decisão tomada em relação à distribuição de dividendos ainda não declarados”. Segundo a equipe, os proventos devem seguir a nova política de remuneração aos acionistas e que a nova fórmula “será aplicada, a cada trimestre, sobre os fluxos de caixa do consolidado da companhia do respectivo trimestre”.