No primeiro trimestre de 2024 (1T24), a Petrobras (PETR3; PETR4) registrou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões – queda de 37,9% em relação ao mesmo período do ano anterior e uma redução de 23,7% em comparação com o trimestre anterior.
O resultado ficou abaixo das expectativas do consenso da LSEG, que previa um lucro líquido de R$ 30,1 bilhões.
Apesar disso, pontua Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, a companhia apresentou uma geração de caixa ‘robusta’, acima das expectativas.
Notícias Relacionadas
Diretor financeiro
Dotz (DOTZ3) aprova Gustavo Wanderley Dias como CFO
O executivo tem mais de 25 anos de experiência e substituirá Cynthia May Hobbs Pinho, que fora eleita para o cargo na Dotz em abril de 2023
Mercado
Eletrobras (ELET3) conclui recompra de ações no valor de R$ 1,97 bi
Segundo fato relevante, foram adquiridas 46.770.200 ações ordinárias e 7.032.800 ações preferenciais de classe B de emissão da elétrica
“Apesar de um resultado abaixo do esperado, a Petrobrás mantém uma geração de caixa muito forte, de R$ 32 bilhões, agregando valor aos acionistas. É uma empresa que está bem posicionada na exploração de petróleo aqui no Brasil, sendo a líder do setor em um país que pode se tornar um dos maiores produtores nos próximos cinco anos”, desta Fernandes.
O sócio da A7 Capital também chama a atenção para o anúncio de distribuição de proventos na ordem de R$ 1,04/ação, com um dividend yield de 10%, com base na cotação de fechamento de segunda-feira (13).
“Isso faz da Petrobras uma das empresas com o maior dividend yield da Bolsa. Isso sem contar os dividendos extraordinários que podem ser distribuídos no futuro”, reforçou Andre.
O especialista em finanças e investimentos Hulisses Dias reitera a avaliação de Fernandes, afirmando que, apesar de ‘trimestre turbulento’, a companhia segue com geração de caixa forte e pagando dividendos.
“Um ponto de atenção é o crescimento da despesa operacional em 22% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Os custos reduziram em magnitude similar a receita”, completa Dias.
Ainda de acordo com o especialista, o resultado da empresa nos três primeiro meses deste ano foi influenciado, principalmente, pela menor receita com as vendas de diesel no mercado interno e com exportações.
