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Petrobras (PETR4) pagou R$ 274 bi à União em 2023 com dividendo extra

Do total pago pela petroleira para os cofres públicos em 2023, R$ 61,4 bilhões equivalem a participações governamentais.

Petrobras
Foto: Agência Petrobras/Geraldo Falcão

A Petrobras (PETR4) recebeu R$ 274,7 bilhões em dividendos e tributos referentes a 2023. O valor, segundo a estatal, já inclui o montante determinado pela assembleia na última quinta-feira (25).

Somente em remuneração aos acionistas — o valor total para a União (União + BNDES + BNDES Par) —, o montante soma R$ 34,5 bilhões. Esse valor é somado aos R$ 240,2 bilhões recolhidos pela organização em tributos próprios, retidos e participações governamentais no Brasil.

Dos R$ 21,9 bilhões em dividendos extraordinários aprovados na véspera, R$ 8 bilhões são destinados à União. Segundo o “Valor”, os cofres públicos ainda recebem R$ 26,5 bilhões em dividendos e JCP (Juros sobre Capital Próprio) ordinários referentes ao exercício de 2023.

Do total pago pela petroleira para os cofres públicos em 2023, R$ 61,4 bilhões equivalem a participações governamentais; R$ 87,4 bilhões são relacionados a recolhimentos federais; R$ 90,2 bilhões são estaduais; por fim, R$ 1,2 bilhão é municipal.

Petrobras (PETR3): Silveira e Haddad disputaram escolha de presidente

A disputa entre as alas do governo Lula que compartilham o controle no Conselho de Administração da Petrobras (PETR3; PETR4) teve um episódio tenso nos bastidores antes da assembleia de acionistas que elegeu os novos conselheiros da empresa, realizada na quinta-feira (25).

No cerne da tensão estava a seleção do presidente do conselho, um ponto de discórdia entre o grupo liderado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o grupo composto pelo ministro da FazendaFernando Haddad, e pelo CEO da companhia, Jean Paul Prates.

Disputa de cargos na Petrobras

Segundo fontes da Petrobras que estavam acompanhando o desdobramento da situação, Silveira havia indicado para a recondução seu secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, que atualmente é o presidente.

No entanto, na última quarta-feira (24), ele foi alertado de que os documentos internos com a orientação de voto que estavam sendo tramitados na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional continham uma proposta diferente.

Conforme a informação transmitida a Silveira, na versão que estava prestes a ser encaminhada à Petrobras, o presidente indicado pelo governo seria o secretário-executivo adjunto de Fernando Haddad, Rafael Dubeux, que foi o último a ser incluído na lista de conselheiros indicados pelo governo.