A defasagem entre os preços praticados pela Petrobras (PETR4) em suas refinarias tem sido impulsionada pela alta do dólar. Além disso, as cotações internacionais dos derivados de petróleo aceleraram nos últimos dias, mas isso não levou a estatal a reajustar os preços, conforme apontaram analistas.
De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço do diesel da Petrobras está 16% — ou R$ 0,56 por litro — abaixo do praticado no mercado internacional. Na última sexta-feira (3), os preços apresentavam uma defasagem de 19%, nível observado pela última vez em 3 de julho de 2024. Na ocasião, a estatal não reajustou os preços do combustível.
A defasagem da gasolina da Petrobras, segundo a Abicom, é de 11% — equivalente a R$ 0,32 por litro. No entanto, da última vez em que a estatal aumentou o preço do combustível, em julho de 2024, os preços estavam cerca de 20% menores que os praticados no mercado internacional.
Desde então, a Petrobras não elevou os preços. Atualmente, a tendência é que siga sem alterações. Segundo o “InfoMoney,” isso se explica pela cotação do barril tipo Brent — referência global —, que permanece flutuando próximo de US$ 75,00, valor inferior à média dos anos anteriores. Assim como o dólar, o preço do barril é um dos parâmetros que influenciam a precificação.
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A Petrobras (PETR4) lançou na segunda-feira (6) sua primeira chamada pública para a aquisição de biometano, com o objetivo de incentivar o mercado desse insumo renovável. A iniciativa prevê o recebimento de ofertas para contratação firme, com entregas a partir de 2026, prazos contratuais de até 11 anos e recebimento em diferentes pontos de entrega.
A empresa informou que o processo também busca levantar as condições comerciais ofertadas pelo mercado, em função do mandato de descarbonização criado pela Lei do Combustível do Futuro, sancionada em outubro passado.
O biometano é um gás de origem renovável que pode substituir o gás natural e está ganhando destaque na agenda de transição energética. Ele é obtido do processamento do biogás, que, por sua vez, é gerado a partir de resíduos orgânicos urbanos e agropecuários, como os provenientes de aterros sanitários e da indústria de processamento de cana-de-açúcar.
