Iniciativa do Rio de Janeiro

Petrobras (PETR4) pode ter dívida com RJ transferida para União

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o interesse em transferir a dívida da Petrobras (PETR4) é do próprio estado.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta quarta-feira (27) que está em conversa para um acordo com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). A finalidade é repassar a dívida da Petrobras (PETR4) com o estado para a União.

O ministro pontuou que o governo federal não irá julgar a conveniência de transferir ativos. Além disso, o ministro acrescentou que o interesse em transferir a dívida da Petrobras (PETR4) é do próprio estado.

“A Petrobras tem uma dívida com o Rio de Janeiro. Se eles chegarem a um termo de quanto é essa dívida, essa dívida da Petrobras com o governo do Rio pode ser transferida para o governo federal”, afirmou Haddad, de acordo com o “IndoMoney”.

“Abate-se da dívida do Rio e, além de tudo, o Rio deixa de pagar um juro tão elevado e cai a taxa de juros”, acrescentou o ministro.

Ele declarou que o exemplo do Rio de Janeiro é um dos possíveis “arranjos” que podem ser realizados para equacionar a dívida, não só do estado, mas também de Minas e do Rio Grande do Sul.

Haddad explicou que a estratégia segue o tom do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que quer equacionar o problema de uma vez.

Os estados têm uma dívida de R$ 740 bilhões com a União. Segundo o governo federal, apenas quatro deles (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) são responsáveis por 90% do montante de R$ 660 bilhões.

Por conta do custo da dívida, a queixa de governadores em relação ao pagamento dos encargos da dívida tem crescido. Eles solicitam ao Ministério da Fazenda que o indexador — atualmente a Selic ou a taxa real de 4% — dos juros seja revisto e recalculado retroativamente.

Itaú (ITUB4) quase supera Petrobras (PETR4) em dividendos

Itaú (ITUB4) distribuiu R$ 16,92 bilhões em dividendos aos acionistas no primeiro trimestre de 2024. O valor é três vezes maior do que o apresentado nos primeiros três meses de 2023. Mesmo com esse crescimento no valor, a Petrobras (PETR4) segue como a maior pagadora.

A petroleira conseguiu manter o patamar mesmo após polêmica de não pagar dividendos extraordinários. O total distribuído pela companhia no período foi de R$ 17,89 bilhões, um avanço de 28% na comparação anual. Ao passo que o crescimento no valor da distribuição do Itaú (ITUB4) foi de 49%.

O grande volume de pagamentos do Itaú também afetou a holding de investimentos Itaúsa (ITUSA4). A companhia registrou um aumento de 235% em relação aos três primeiros meses de 2023. No primeiro trimestre de 2024, a distribuição totalizou R$ 6,47 bilhões.