Commodities

Petrobras (PETR4) prevê US$ 2,2 bi para etanol e quer ‘começar grande’

A companhia já iniciou conversas com grandes produtores de etanol no Brasil e avalia a criação de uma joint venture

Petrobras
Petrobras / Foto: Agência Petrobras/Geraldo Falcão

A Petrobras (PETR4) planeja investir cerca de US$ 2,2 bilhões em um conjunto de destilarias de etanol, marcando sua reentrada no segmento de biocombustíveis. A iniciativa será conduzida em parceria com outras empresas, segundo afirmaram executivos da estatal nesta sexta-feira (22).

Os planos fazem parte do novo plano de negócios da Petrobras para o período de 2025 a 2029, que prevê investimentos totais de US$ 111 bilhões. A estratégia reflete o compromisso da companhia com iniciativas de transição energética, sem perder de vista a rentabilidade.

Capacidade de produção e parceiras estratégicas da Petrobras (PETR4)

De acordo com Mauricio Tolmasquim, diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade, as destilarias planejadas terão capacidade de produzir até 2 bilhões de litros de etanol por ano. Esse volume demonstra o compromisso da Petrobras em “começar grande” e aproveitar o potencial crescente do setor de biocombustíveis no Brasil.

A estatal já iniciou conversas com grandes produtores de etanol no Brasil e avalia a criação de uma joint venture para acelerar sua entrada no segmento. Fontes próximas indicam que a Petrobras está negociando com empresas como Raízen (RAIZ4), Inpasa e a britânica BP para estabelecer parcerias estratégicas.

“A ideia já é começar grande, não é partir do zero. E estamos considerando as duas principais rotas: a de cana-de-açúcar e, sobretudo, a de milho, que tem crescido significativamente no Brasil e se mostrado uma alternativa interessante para o setor”, afirmou Tolmasquim ao InfoMoney.

No passado, a Petrobras atuou no mercado de etanol em parceria com empresas como São Martinho e Tereos. No entanto, essas participações foram vendidas em gestões anteriores, que priorizaram ativos de alta rentabilidade no pré-sal. Agora, a companhia busca resgatar sua posição no setor de biocombustíveis, alinhada às novas demandas por sustentabilidade e diversificação de portfólio.

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