Petrobras (PETR4): queda na produção é ‘decepcionante’, diz Santander

A produção doméstica de petróleo da Petrobras (PETR4) teve uma queda de 4% em abril, em comparação com março, chegando a um pouco mais de 2 mil barris de óleo equivalente por dia.

O desempenho da produção da Petrobras (PETR4) foi visto como “decepcionante” pelo Santander (SANB11), conforme apontado em relatório divulgado recentemente e assinado por Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz.

“Esse desempenho foi amplamente influenciado pela manutenção contínua em importantes plataformas de produção de pré-sal, especialmente nos campos de Tupi, Búzios e Mero, bem como em Roncador”, explicaram os analistas, de acordo com o “Suno”.

Na perspectiva deles, a produção de maio deve seguir volátil, mesmo com as melhorias em Roncador, por conta das manutenções em Tupi e Búzios. O movimento pode mudar caso a produção em Mero melhore substancialmente com a expansão da unidade flutuante de produção de Sepetiba.

“Observamos que a Petrobras precisaria alcançar uma média de aproximadamente 2.272 mil barris de óleo equivalente por dia (medida em kboed) em maio-junho para evitar uma nova queda trimestral na produção no segundo trimestre de 2024”, avaliou o Santander.

Analistas do Santander permanecem cautelosos em relação à Petrobras (PETR4)

Com o consenso superior da produção de petróleo atual e da orientação da empresa para este ano, os analistas do Santander se manterão cautelosos em relação à Petrobras (PETR4).

Os analistas do banco projetam uma produção doméstica para 2024 levemente inferior à orientação, de cerca de 2.192 kboed. “Esperamos uma recuperação gradual”, disseram.

Fora das áreas do pré-sal, o banco observa que a produção em Roncador em abril também ficou abaixo do esperado, ao passo que a produção em Barracuda melhorou.

“Estimamos que a produção nos principais campos de pré-sal, Tupi, Búzios e Mero, pode continuar decepcionante em maio, provavelmente devido à manutenção em importantes unidades flutuantes”, comentaram.

Como resultado, os analistas avaliaram que a Petrobras deve entregar uma produção estável ou ainda menor no segundo trimestre de 2024.