Eleva risco político

Petrobras (PETR4): recompra de refinaria pode comprometer dividendos

O plano estratégico atual da Petrobras (PETR4) estima um capex adicional de até US$ 11 bilhões para potenciais fusões e aquisições

Petrobras
Petrobras / Foto: Agência Petrobras/Geraldo Falcão

A Petrobras (PETR4) estaria em negociações para recomprar a refinaria de Mataripe, na Bahia, após vendê-la durante o governo Bolsonaro. Na perspectiva do Goldman Sachs, o movimento eleva o risco político da tese e pode comprometer os dividendos.

As informações sobre a negociação foram obtidas pelo “Broadcast”. Em relatório, analistas do Goldman destacaram que a possível compra da refinaria de Mataripe pode levar a preocupações em relação a uma potencial intervenção política na Petrobras (PETR4), ao passo que o Governo Federal tem criticado as vendas de ativos da companhia.

O plano estratégico atual da Petrobras (PETR4) estima um capex adicional de até US$ 11 bilhões para potenciais fusões, aquisições e outros investimentos entre 2024 e 2028. Mesmo com isso, o Goldman Sachs aponta que essa possível compra tende a limitar a extensão dos dividendos extraordinários da estatal no curto prazo.

A refinaria foi vendida durante o governo Bolsonaro por aproximadamente US$ 1,6 bilhão, de acordo com informações do “Suno”. Na avaliação do Bradesco BBI (BBDC4), o valor pode ser entre US$ 1,6 bilhão e US$ 2,8 bilhões, o que também inclui os investimentos no projeto de biodiesel.

Segundo o Bradesco, a questão principal é se a Petrobras poderá ou não adquirir o controle acionário do ativo, considerando o acordo realizado com o Cade para reduzir o monopólio da petroleira no setor.

Lava-Jato: ex-diretor da Petrobras é condenado a 98 anos de prisão


O ex-diretor de Serviços da Petrobras (PETR4) Renato Duque teve a prisão decretada pela Justiça de Curitiba nesta quinta-feira (18). Ele foi condenado em uma série de processos da operação Laja-Jato cujas penas somam 98 anos de prisão.

Segundo noticiou o G1, Duque não está em Curitiba e, por isso, a Polícia Federal do Paraná contatou a Polícia Federal do Rio de Janeiro, onde ele tem endereço registrado na Justiça.

Duque deixou a prisão no Paraná em 2020, após cinco anos, rumo ao Rio de Janeiro. Em março daquele ano, ele colocou tornozeleira eletrônica.