Rombo de R$ 2,6 bi

Petrobras (PETR4) surpreende com 1º prejuízo em 4 anos no 2TRI24

Dívida líquida da petroleira sobe 9,4%, para US$ 46,1 bi

Petrobras/Divulgação
Petrobras/Divulgação

A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) nesta quinta-feira (8), apresentando números abaixo do esperado e registrando seu primeiro prejuízo trimestral desde o terceiro trimestre de 2020.

De forma negativa o mercado foi pego de surpresa, já que as estimativas apontavam para um lucro líquido entre R$ 11 bilhões e R$ 14 bilhões no período. 

No entanto, a estatal petrolífera reportou um prejuízo líquido de R$ 2,605 bilhões, revertendo o lucro de R$ 28,7 bilhões obtido no mesmo período do ano anterior. 

Em termos recorrentes, o lucro foi de R$ 15,728 bilhões, representando uma queda de 46,5% em relação ao lucro de R$ 29,4 bilhões.

Segundo a empresa, o prejuízo é atribuído principalmente a um acordo com o governo para encerrar uma disputa tributária, ao acordo trabalhista de 2023 e à variação cambial do período.

Dívida líquida da Petrobras sobe 9,4%, para US$ 46 bi

A dívida líquida da Petrobras aumentou para US$ 46,1 bilhões no segundo trimestre de 2024, representando um crescimento de 9,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao final do primeiro trimestre deste ano, a elevação foi de 5,8%.

Esses dados foram divulgados em um relatório enviado pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de quinta-feira, 8 de agosto.

A dívida bruta da Petrobras atingiu US$ 59,6 bilhões em 30 de junho deste ano, registrando um aumento de 2,9% em comparação ao mesmo período de 2023. No entanto, houve uma redução de 3,6% em relação ao final de março.

A receita total de vendas da Petrobras atingiu R$ 122,258 bilhões, um aumento de 7,4% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado. Do total, R$ 36,529 bilhões vieram do mercado externo, com um aumento significativo de 54,3%, impulsionado por um crescimento de 59,7% nas exportações.

A companhia também destacou que o prazo médio da dívida aumentou de 11,3 anos no final do primeiro trimestre para 11,76 anos ao término do segundo trimestre.

No mercado interno, a receita totalizou R$ 85,729 bilhões, uma queda de 4,9%. As receitas com diesel subiram 3,7%, enquanto as com gasolina caíram 14,4%.

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