Troca de comando

Petrobras (PETR4): trâmite para Magda ocupar cadeira pode levar 15 dias

Magda Chambriard foi escolhida pelo governo para substituir Jean Paul Prates, que anunciou demissão na noite de terça-feira (14)

Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras
Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras / Foto: reprodução

Conforme divulgado pela Petrobras (PETR4) através de documento, nesta quarta-feira (15), os trâmites para Magda Chambriard ocupar a cadeira de presidente e do Conselho de Administração da companhia podem levar quinze dias.

A ex diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) foi escolhida pelo governo para substituir Jean Paul Prates, que anunciou demissão na noite de terça-feira (14).

Antes da oficialização, o nome dela irá passar por uma análise das áreas de integridade e de recursos humanos da empresa. Em seguida, a indicação de Magda Chambriard será submetida também à avaliação do COPE (Comitê de Pessoas) do Conselho de Administração.

Após essa etapa, o Conselho de Administração irá apreciar a nomeação da indicada para o cargo no colegiado.

“Uma vez nomeada, a indicada servirá no Conselho até a primeira Assembleia Geral que vier a ocorrer – neste momento, sem previsão de Assembleia antes disso, até a Assembleia Geral Ordinária de 2025”, consta o documento emitido pela Petrobras (PETR4).

Petrobras (PETR4): escolha de Chambriard pode trazer conflito de interesse

A indicação de Magda Chambriard para assumir a presidência da Petrobras (PETR4) no lugar de Jean Paul Prates acendeu um alerta nesta quarta-feira (15) devido a um possível conflito de interesse. O receio surge devido à proximidade dela com o governo e sua atuação no setor privado.

Mesmo com os receios, o possível impedimento da nomeação à presidência da Petrobras (PETR4) é descartado.

A Lei das Estatais impõe uma série de restrições às indicações políticas para cargos públicos.

Para representantes do setor de óleo e gás, o fato de Chambriard já ter atuado como assessora da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e ser sócia de uma consultoria de energia não deve ser um empecilho para sua ida à estatal.

Contudo, vale ressaltar que conflitos similares já barraram nomeações anteriores na Petrobras. “Acho que vai passar”, declarou Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), e pontuou que há preocupações do governo atual com eventuais conflitos de interesses.

Pires chegou a ser indicado para assumir a Petrobras em março de 2022, mas declinou ao convite por não conseguir conciliar o trabalho de consultor no CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura).

“O que normalmente acontece quando você vai para cargos no governo? Você se afasta da consultoria e assume o cargo. Quando você sair do governo, vai ter um período em que não vai poder trabalhar e depois pode até voltar para a mesma consultoria”, declarou Pires, de acordo com o “InfoMoney”.

Além disso, ele acrescentou que preocupações em torno de sua consultoria de energia o fizeram recuar.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile