descomissionamento

Petrobras (PETR4) vê riscos em projetos de transição energética

A estatal vê espaço para a elevação de custos com descomissionamento, como a desmontagem de plataformas de petróleo.

Foto: Fernando Frazão — Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão — Agência Brasil

A Petrobras (PETR4) afirmou que pode haver riscos ligados aos projetos de transição energética, incluindo impacto na taxa de retorno do portfólio da empresa.

“Podemos decidir investir em novos projetos de transição energética que estão além do nosso escopo atual de experiência e expertise”, manifestou a Petrobras (PETR4) no formulário 20-F, na quinta-feira (11), à SEC (órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários brasileira). As informações são do “Valor”.

A estatal quer investir em eólicas marinhas (offshore), com armazenamento e captura de carbono. Além disso, a companhia também tem interesse em produzir hidrogênio verde (que trata com energias renováveis para a produção).

A petroleira pontuou que pretende adquirir projetos eólicos terrestres (onshore) e usinas solares fotovoltaicas.

A Petrobras já desenvolveu — em pequena escala — diesel verde (coprocessado nas refinarias, juntamente ao diesel tradicional).

Petrobras (PETR4) tem ‘dificuldades’ em atender exigências de reguladores

A Petrobras (PETR4) assumiu ter algumas dificuldades na definição do escopo de certos projetos e no cumprimento de exigências regulatórias. A afirmativa veio após a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) estabelecer regras para o descomissionamento de sistemas de produção.

A estatal tem visto espaço para a elevação de custos com descomissionamento, como a desmontagem de plataformas de petróleo. Essa atividade passou a ter um peso maior para a estatal, à medida que os contratos de concessão encerram ou ativos “finalizam a vida econômica”.

Para a Petrobras, mesmo que o “desmantelamento” tenha sido realizado conforme a legislação, existe a possibilidade de que determinados planejamentos passem por novas análises ou não cumpram todas as expectativas ou exigências referentes a ESG (Governança ambiental, social e corporativa).

“O encerramento das operações e o descomissionamento podem impactar negativamente o meio ambiente e as comunidades do entorno devido ao processo de desmantelamento de estruturas e plantas industriais”, apontou a petroleira no 20-F.

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