A rede varejista Polishop, enfrentando uma crise financeira e uma dívida estimada em R$ 352,1 milhões, entrou com um pedido de recuperação judicial, informa a Exame.
O pedido foi protocolado na 2ª Vara de Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo e agora aguarda uma decisão. Se o processo for aprovado, a empresa terá suas dívidas congeladas por 180 dias e irá elaborar um plano de reestruturação.
Anteriormente, em 3 de abril, a Polishop já havia entrado com um pedido de tutela antecipada na mesma vara em São Paulo, argumentando a falta de documentos necessários para formalizar o pedido de recuperação judicial.
De acordo com a empresa, o cenário provocado pela pandemia provocou uma queda de 70% do faturamento da Polimport, além dos aumentos dos custos fixos.
Com isso, a empresa passou a “atravessar dificuldades de manutenção de fluxo de caixa, sendo necessário sucessivas medidas internas para preservar as vendas e cobrir os custos fixos da Requerente – os shoppings centers não suspenderam a cobrança dos custos operacionais, fazendo com que a Requerente adotasse medidas para a manutenção dos pontos comerciais”.
A rede foi fundada por João Appolinário em 1999 e atingiu seu auge com cerca de 250 lojas em todo o Brasil.
“Um dos principais setores que sofreram com os efeitos da covid-19 foi o mercado de varejo (principalmente em shoppings centers). Isto porque, diante das medidas de lockdown, as lojas físicas foram inesperada e indefinidamente fechadas, ensejando na deletéria situação de fechamento de quase 300 (trezentas) lojas físicas em shoppings centers e com a restrição da sua operação no e-commerce”, disse a companhia.
Atualmente, a Polishop possui 49 lojas físicas abertas em shoppings centers e conta com quase 500 colaboradores, além da atuação no e-commerce e canal de televendas.
Entretanto, nos últimos anos, especialmente após a pandemia, a empresa enfrentou dificuldades financeiras, especialmente no pagamento de aluguéis em shoppings. Atualmente, o número de lojas da Polishop é de aproximadamente 120.
Principais credores da Polishop
- Laqus (R$ 52,6 milhões)
- BMP Money Plus (R$ 26,6 milhões)
- Banco do Brasil (R$ 24,5 milhões)
- Bradesco (R$ 11,3 milhões)
- Itaú (R$ 9,5 milhões)
- Sofisa (R$8,7 milhões)
- Banco Safra (R$ 5,1 milhões)
- Banco Original (R$ 4,6 milhões)
- Daycoval (R$ 4,6 milhões)
- Banco Votorantim (3,6 milhçoes)