Títulos indexados à inflação

Porto (PSSA3) tem lucro líquido de R$ 878 mi no 2TRI25, alta de 50%

“As despesas administrativas da companhia estão declinantes”, afirmou Paulo Kakinoff, CEO do Grupo Porto

Porto
Porto / Reprodução

O Grupo Porto (PSSA3) reportou lucro líquido de R$ 878 milhões no segundo trimestre de 2025, alta de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2024, o resultado havia sido impactado pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.

No segundo trimestre, o resultado financeiro foi de R$ 376 milhões (+121%). Já a receita da carteira de aplicações financeiras (ex-previdência e ALM), gerida pela tesouraria, somou R$ 431 milhões, equivalente a 86,4% do CDI.

O retorno foi impulsionado pelo desempenho das alocações em títulos indexados à inflação. Também houve impacto positivo das operações em renda variável.

Declarações do CEO Paulo Kakinoff

“As despesas administrativas da companhia estão declinantes”, afirmou Paulo Kakinoff, CEO do Grupo Porto, em coletiva sobre os resultados, de acordo com o InfoMoney.

O índice de eficiência operacional — que considera a soma das despesas administrativas em relação à receita total — foi de 10,9%, uma melhora de 0,9 ponto percentual, alinhada aos esforços da companhia para ganhos de eficiência.

“Estamos vivendo um momento único, gerado pela diversificação e fortalecimento das unidades de negócio do Ecossistema Porto, sempre com foco no atendimento e cuidado das 18 milhões de pessoas que nos escolhem e nos honram todos os dias”, acrescentou Kakinoff.

Porto (PSSA3): ação cai mais de 3% após corte de recomendação

As ações da seguradora Porto (PSSA3) registravam forte queda na sessão desta quarta-feira (12), após o BTG Pactual (BPAC11) rebaixar a recomendação dos papéis de compra para neutro. Por volta das 16h (horário de Brasília), as ações caíam 3,55%, cotadas a R$ 39,98.

O banco encerrou sua recomendação de compra após o ativo avançar cerca de 80% em 18 meses e 15% no ano. O movimento ocorre à medida que a assimetria risco-retorno se tornou menos favorável.

Os analistas ressaltam que a Porto melhorou muito nos últimos anos, mas o cenário já está precificado. A seguradora começou a cumprir sua estratégia de diversificação, com a vertical de saúde surpreendendo o mercado trimestre após trimestre.

Contudo, eles destacaram que a empresa conseguiu preservar seu modelo de geração de caixa, com crescimento disciplinado no segmento de seguros de automóveis, e, ao mesmo tempo, elevar a penetração de outros produtos de seguros, como Vida e P&C (Property & Casualty). Segundo o “InfoMoney”, esses avanços elevaram o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) do grupo.